Garra Segunda Edição

Existiu em Belo Horizonte, no início da década de 90, um torneio que era um sucesso. Os participantes, do iniciante ao avançado, eram divididos em diferentes níveis. Os dois primeiros colocados subiam de nível, os dois últimos desciam.

Devido a essa dinâmica, os torneios tinham uma energia incomparável. A maioria ficava louco para subir de nível e quando isso não acontecia, em geral havia uma motivação para aprimorar o jogo e conseguir subir.

Mas existia o outro lado da moeda: como lidar com a decepção da derrota ao descer de nível? Aí é que está. Nem tudo eram flores. Havia a decepção também, obviamente, e com ela uma série de aprendizados.

Por isto esse formato de torneio foi tão bom: ele trabalha a dualidade da vitória e da derrota de maneira muito clara e direta.

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garraMASTER – 1ª edição

Se fosse para eu dizer o que é mais importante em competições, diria que TUDO COMEÇA DENTRO DE VOCÊ. Qual é a sua vontade e a sua verdadeira crença em você?

Eu tive o privilégio de ter sido bem orientado. Sempre digo isso. Durante os treinos, eu ouvia frases do Fernando como: “Não é para se preocupar em ganhar agora, vai chegar a hora; Você joga melhor quando está atrás no placar; Você aprende rápido; Você é um dos maiores talentos que eu já pude treinar.” Naturalmente isso fortalecia a minha crença em mim e acreditar era o grande pontapé para os meus melhores resultados.

Já disse também muitas frases verdadeiras para meus alunos e aqui está uma que gostaria de compartilhar: “Vocês tem condições de ganhar dos melhores.” Abrindo um parênteses, quando digo ganhar, entenda como eu penso: O jogo não é contra alguém, e sim contra (à favor de) nós mesmos. Ou seja, se você supera suas limitações, trabalha suas qualidades e dá o melhor de si, o restante é consequência. Então essa ideia de ganhar e perder no esporte com um sentido depreciativo, em que um é superior e o outro é inferior, não faz o menor sentido para mim, nem para os meus alunos. Esporte é o quanto você consegue extrair de si para chegar à sua melhor versão.

Bom, voltando à frase, eu tenho, dentro de mim, crença nos meus alunos. Nada ilusório, confio na minha metodologia, esforço para entregar o que há de melhor para eles e, por isso, vejo onde podem chegar.

Certo dia, um aluno me apresentou uma meta: “Eu quero ao menos ganhar um jogo do Michael (atleta referência em Minas Gerais) até o fim do ano”. Eu disse: “Ok, vamos buscar isso.”. Eu não pensei duas vezes, eu acreditava que ele poderia atingir esse objetivo, tanto pela crença no meu ensino, como nele. Nos esforçamos e ele ganhou.

Essa conversa pode estar parecendo um pouco esnobe, mas não tem nada a ver com isso. É para mostrar o poder que a autoconfiança tem nos resultados.

Tudo bem Mário, mas o que isso tem a ver com o garraMASTER?

O garraMASTER foi um evento inédito. Inédito em Belo Horizonte? Não, inédito no Brasil. Demos, eu e Marina, minha esposa e sócia, uma aula dentro de uma competição interna para nossos alunos e alguns convidados e um dos assuntos abordados foi exatamente a crença. Para fortalecê-la, montamos um clima que ajudasse como o nome do evento, número de participantes, medalhas, material didático, playlist, alimentação, organização, arbitragem. Fizemos com que os participantes pensassem melhor cada jogo e mostramos para eles o quanto são especiais e o quanto podem ser ainda melhores. Temos certeza de que não fomos perfeitos, estamos em constante aprendizado, mas a ideia era dar a chance deles poderem extrair mais de si na mesa. Pela garra que presenciamos nos jogos, deu certo.

Se alguém vai copiar? Não é possível copiar o que está dentro de nós. O que eles experimentaram, as emoções que tiveram, o Leão já viveu isso. As nossas aulas e o nosso evento são a nossa historia, a nossa vivência, o nosso estudo, somos nós. 

Medalhista – Gustavo França

Não sei se lembra do Gustavo França. Ele esteve por aqui no blog há pouco tempo. Dá uma olhada depois: Um passado, um presente e uma nova fase para Gustavo França no tênis de mesa.

Estou parecendo até vidente, mas não. Olha a frase que está dentro desse post que acabei de citar: “Agora ele está entrando em uma fase de um encontro mais sólido consigo e com o seu tênis de mesa.” O Gustavo realmente estava entrando em uma nova fase, pois um mês depois ele conquista a terceira colocação no garraMaster, confirmando o que eu havia dito. 

E dessa vez o que impressionou foi que ele apresentou a sua melhor versão disparada de jogo até o momento. Cheguei a brincar com o Sérgio, outro aluno meu, que o Gustavo teria que enfiar o braço no gelo de tanto que ele fez drive. Parece que ligou no modo hard atack e tudo que aparecia no forehand era certeza de muito atrito na bola. Foi um show à parte, se destacando em situações delicadas por duas vezes. (Acredito que meus alunos acham que eu exagero, mas é tudo verdade. rs.)

Parabéns, Gustavo! Valeu toda a vontade por essa medalha.

O bronze foi decidido contra o Ronan Guimarães, que fez uma disputa de encher os olhos. Muita dedicação, muito suor, buscou o placar quando estava 2 sets a 0 para o Gustavo e só foi superado no vai a dois do último e decisivo set. Um pequeno detalhe fez a diferença.

Parabéns, Ronan, por abrilhantar grandemente o evento!

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Gustavo França, bronze no garraMASTER

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Medalhista – Guilherme Reis

Só posso dizer que não sei o que deu no Guilherme. Inspirado até o pescoço! Tudo bem que ele disse que o nosso material fez muita diferença, mas realmente foi impressionante! Sobrando na mesa ao conseguir jogar com muito volume. Só encontrou maiores dificuldades na grande final mesmo, que também foi decidida nos detalhes até o 11×08 no 5º set. Estava movimentando mais, bastante focado e solto nos jogos. Sei o quanto ele é dedicado e como é focado em melhorar, aproveitando toda boa oportunidade de aprendizado nova. Não deu outra, colhendo o que vem plantando ao ficar com a prata. Tenho certeza que esse leão no peito teve um grande significado. Desejo cada vez mais conquistas a você!

Parabéns, Guilherme! Todos os presentes se impressionaram com o seu desempenho

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Guilherme lendo as anotações no nosso material didático
Fera recebendo a prata
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Dispensa legenda, apesar que escrevi “Dispensa legenda” no campo de legenda. Bom, você entendeu.

Medalhista – Fábio Nascimento

Agora a coisa ficou ouro (Já ouviu a frase “Agora a coisa ficou preta”, claro!).

Eu nunca tinha parado para ver o Fábio jogando em detalhes ou com uma visão mais crítica. A forma como ele olha para frente para receber o saque parece dizer “Não importa o que você faça, hoje não tem pra você”. Ele tem um olhar sereno, mas atento, confiante, sem abalo, certeiro, de quem sabe aonde vai chegar.

Falei de crença ou autoconfiança. O Fábio foi o maior exemplo disso que vi no torneio. Olha como é importante, afinal ele ficou com o ouro! Vou trazer o início desse artigo aqui de volta: “Se fosse para eu dizer o que é mais importante em competições, diria que TUDO COMEÇA DENTRO DE VOCÊ. Qual é a sua vontade e a sua verdadeira crença em você?” O Fábio não tem dúvidas, dá para perceber na sua forma de jogar, na sua postura, no seu olhar. Ele tem certeza do que vai acontecer.

Aí vem um ponto interessante: “Mário, como alguém pode ter certeza sendo que nada é certo nessa vida?” Sim, concordo que nada é certo nessa vida. Mas vou dizer um troço meio doido aqui: Certeza é certeza e dúvida é dúvida. Na hierarquia a certeza está um patamar acima da dúvida. Se você tiver dúvida, a chance da dúvida imperar é muito grande, porque você visualizou (“objetivou”) a dúvida. O seu cérebro vai atrás da dúvida. E aí a chance de prevalecer oscilações, altos e baixos, é muito maior.

Na dúvida você não está certo do que quer alcançar. Será que vai ser prata ou vai ser ouro? Isso não dá para ficar ao acaso e o Fábio não deixa. É claro que ele poderia ter tido um resultado diferente, mas ele minimizou as chances disso acontecer ao “acreditar cegamente”. 

Deixa eu te contar uma pequena história. Eu e Marina passamos por momentos muito conturbados na nossa fase de namoro. Brigávamos bastante. Terminamos muitas vezes. Em um dos términos eu estava na casa dela e já estava de saída após uma discussão. Ela olhou pra mim com firmeza e disse sem nenhuma dúvida: “Você ainda vai se casar comigo”. Eu achei a frase absurda, tanto que ri na hora. Mas a Marina tinha convicto que íamos nos casar, mesmo com quase tudo dizendo o contrário. 

O desfecho foi imensamente feliz, sensacional para os dois, e sou muito grato a ela por acreditar na gente, pois fez eu enxergar que sempre a amava, mas foi preciso eu entender melhor, através dela, o que isso significava.

Putz, não estava prevista declaração de amor aqui não. Desculpe, rs. O conteúdo desse artigo está surgindo naturalmente.

Fábio, foi enriquecedor ver você jogar. Sua postura de campeão é constante e foi inabalável durante todo o nosso evento. Desejo o mesmo a todos os outros competidores. Parabéns, campeão!

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Fábio recebendo o primeiro ouro do garraMASTER
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Quem duvida que ele já sabia?
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Fábio Nascimento, campeão do garraMASTER 1ª edição. Guardamos o nome!

 


Análise de Sérgio Lívio sobre o evento e o desempenho dos medalhistas

Como já disse, Sérgio é outro aluno meu. Fez um jogo na fase de grupos contra o Gustavo digno de uma final, jogo que definiu quem iria para as semifinais. Vencia por 10×07 no tie break, mas Gustavo reagiu. Parabéns, Sérgio, pela grande partida! Sempre bom ver esse jogo entre vocês dois que já se tornou um clássico do bando.

Sérgio é fã do esporte e sempre está em busca de aprimoramento. Um habilidoso analista do seu próprio jogo, do jogo de outros mesatenistas e de diferentes questões envolvendo a modalidade, além de um artista com as palavras. Por essas qualidades, convidei ele a descrever qual foi a sua percepção a respeito do evento e do desempenho dos medalhistas. Para a minha alegria, ele aceitou.

Curti muito, Sérgio, e estou imensamente agradecido! Seguem os textos:


GARRA DO BOM LEÃO

(por Sérgio Lívio)

Imagine uma trilha sonora animada, intensa e vibrante. Alguns canapés. Isotônicos. Um espaço absolutamente adequado e em nível profissional. Também umas insígnias belas e desejáveis. Anfitriões pra lá de cordiais. Agora ponha um manual de técnicas com exercícios e treinamentos. Alguns atletas. O que temos? O evento Garra. Um torneio de Tênis de Mesa com a griffe Mário Leão.

Nunca se espera menos do ginásio, especialmente para quem conhece o treinador Mário Leão. Seu estilo prima pelo requinte técnico, pela cordialidade e gentileza – cruciais neste esporte – e pela organização. Mas, ainda assim, os atletas e a comunidade mesatenista de Minas Gerais demonstraram agradável surpresa e satisfação com esse novo evento do calendário.

Mário inovou com um manual de instruções aplicável como apoio e direcionamento em competições. Sua vasta vivência com instrução esportiva e a paixão pela profissão foram transformados em um inusitado e interessante material didático prontamente assimilado e empregado pelos participantes.

As medalhas com um design inspirado na logomarca da academia encantaram a todos. Tornaram-se objeto de cobiça, tanto pela beleza como, obviamente, pela importância de um título com essa assinatura.

A equipe da Mário, conduzida por Marina Leão, primou nos detalhes sempre valorizando as regras e a boa convivência esportiva. Nos intervalos de cada set músicas cuidadosamente selecionadas preenchiam o espaço auxiliando no distensionamento dos atletas. A arbitragem era criteriosa com os intervalos entre sets e partidas permitido aos jogadores o devido tempo para recuperação e principalmente para a boa avaliação da partida e das eventuais necessidades de ajustes táticos.

O torneio teve como medalhistas Gustavo França no Bronze, Guilherme com Prata e Fábio Nascimento no Ouro. Participaram ainda Gabriel, Roberto, Ronan, Sérgio Lívio e Sidney. Já há previsão para o evento Garra Júnior, este para atletas até 16 anos. Será seguramente uma nova curtição. Claro, com muita organização e qualidade. Afinal, Garra é Mário Leão. Grrrrrrrrrr

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Da esquerda para a direita: Gustavo França, Fábio Nascimento, Roberto, Guilherme Reis (abaixo), Gabriel, Ronan Guimarães, Sérgio Lívio e Sidney

ANÁLISE

Sérgio analisa Gustavo França

Jogo 1 x Sérgio

Concentração e resiliência. Não foi o melhor jogo em termos técnicos, mas sobrou no psicológico.

 

Jogo 2 x Gabriel
Jogou solto. Fez valer sua maior experiência. Impôs seu jogo neutralizando as tentativas do adversário. O maior mérito foi o respeito ao oponente fazendo o seu melhor mesmo estando em visível superioridade.

 

Jogo 3 x Ronan

Perdeu -se no meio das dificuldades técnicas impostas pelo adversário. O psicológico que era uma força até então virou -se contra. Não conseguiu propor soluções ou ‘pensar’ o jogo.

 

Jogo 4 x Fábio

No primeiro set parecia ter esquecido que era a semifinal de um torneio. Entrou derrotado na mesa.

Voltou outro jogador no segundo set. Fez um digno ‘vai a dois’. Drives e vontade sustentaram a mudança de atitude. Jogou para si e não para o adversário.

Isso, porém, não se manteve no terceiro set. A queda foi emocional, possivelmente devido ao bom desempenho do set anterior, pois o inconsciente faz prevalecer sempre: falta de confiança e excesso de confiança se encontram no mesmo desfecho.

 

Jogo 5 x Ronan

Um jogo de muita vontade. Muita fibra. Aproveitou-se da instabilidade do oponente nos dois primeiros sets. No último set, não deixou que o empate sofrido mitigasse a vontade de ganhar. A Vitória escolheu, aparentemente, quem fez o exercício do livreto “Garra” e preparou-se para a disputa.

 

Sérgio analisa Guilherme Reis

Jogo 1 x Fábio (1 x 3)

Muito volume e cautela com jogo forçado no back do adversário foram determinantes para a vitória no primeiro set. A mesma tática não foi suficiente no restante do jogo quando oponente imprimiu um jogo mais agressivo ocasionando muitos erros forçados. Não faltou desejo e voluntarismo ao atleta. A proposta mais combativa venceu. Mas, o desempenho na partida deixou claro o propósito do jogador em projetar-se alto na competição.

 

Jogo 2 x Roberto (3 x 1)

Um jogo mais contido sem maiores exigências. Placares elásticos nos sets aproveitando de momentos de baixa concentração do oponente. O caminho da vitória era tão cristalino que gerou um inconveniente relaxamento no terceiro set. Perdeu por placar também elástico. Mas, um vencedor se faz com o aprendizado que as derrotas deixam. No quarto set voltou fulminante e consolidou a vitória.

 

Jogo 3 x Sidney (3 x 0)

Mantendo a linha de fidelidade a seu estilo – ou seja, um jogo com volume e muito controle – o resultado foi construído com segurança e relativa facilidade. Mesmo nos momentos em que o adversário tentava mudanças táticas, como a de reduzir a distância da mesa, a proposta se manteve dominante. Para gerar desconforto ao oponente meios drives despachados em diagonal com eficiência e equilíbrio eram armas letais. Manteve-se assim o placar sempre favorável. Uma vitória incontestável.

Jogo 4 x Ronan (3 x 0) Semifinal

Uma vitória suada. Um início com alguma dificuldade de recepção dos saques que foi prontamente corrigida nos sets seguintes. A qualidade dos drives do adversário poderia ser um problema, pois, eram carregados de efeito e potência. Para evitá-los o jogo era alternado constantemente de maneira a exigir muita movimentação e gerar desconforto. Muito combate no terceiro set, com placar igualado até o seu fim. Houve inclusive nesse set alguma polêmica – desnecessária – entre o atleta e torcedores presentes. Pela força mental que apresentou seguramente o jogador poderá transformar tal comportamento em energia canalizada para o próprio êxito esportivo em confrontos futuros.

 

Jogo 5 x Fábio (2 x 3) Final

Jogo digno da importância da academia Mário Leão. Uma derrota parcial de 0 x 2 transformada num tie breack de 9 x 11. O ‘quase’ não tirou o mérito e nem a alegria do atleta. Foi um vencedor independente do resultado. Um jogo marcado pela cautela. A conduta era de evitar riscos com um jogo conservador mas, com dedicação extrema em termos físicos e mentais.
Na terceira etapa, o 0 x 2 em sets, e 8 a 10 em pontos não foram suficientes para desencorajá-lo. Transformaram-se em motivação para que o jogo não terminasse. Nos sets seguintes a atmosfera do ginásio ficou densa. Havia uma tensão ante a acirrada disputa. Não foi uma derrota. Uma conquista. Daquelas que ficam guardadas no coração do competidor. Daquelas que fazem da prata ouro.

 

Sérgio analisa Fábio Nascimento

Jogo 1 x Guilherme ( 3 x 1)

Mesmo atletas experientes sentem jogos de estreia. Não foi diferente pelo menos no primeiro set. O adversário forçava o back e o atleta Fábio acabou ficando acuado. Passado esse momento inicial de nervosismo conseguiu impor seu jogo. Num ritmo abaixo do que costuma apresentar mas com efetividade de sempre. Foi o suficiente para fechar a partida.

Jogo 2 x Sidney (3 x 1)

Um jogo com muita contundência e técnica. Drives eram disparados de lado a lado. Havia a certeza do atleta de que impor seu ritmo e não dar espaços era imperativo para conquistar a vitória e principalmente para ganhar a confiança para os próximos desafios.

Um jogo que acendeu o ginásio tal a agitação em que se deu. Ao fim, o êxito veio e coroou a agressividade e o vigor colocado na disputa.

Jogo 3 x Roberto (3 x 0)

Um jogo menos intenso. Bem mais tranquilo que o anterior. Como sempre, com muito respeito ao adversário mas sem a imposição de ritmo, sua característica. Ainda assim foi suficiente para de forma rápida fechar a partida. Invicto, o atleta se credenciava para as semifinais com o favoritismo já esperado.

 

Jogo 4 x Gustavo (3 x 0)

Um jogo mais cadenciado. Um primeiro set com dominação total. Golpes simples e uma terceira bola veloz foram técnicas empregadas. O segundo set trouxe nova postura do adversário que ameaçava naquele momento uma surpreendente vitória. Por pouco não ocorreu. Com 2 sets a frente o ultimo round se deu de novo em ritmo mais moderado. De maneira geral administrou a partida com experiência e pouco risco.

 

Jogo 5 x Guilherme (3 x 2)

O primeiro jogo entre esses atletas já havia exigido bastante. Um set fora perdido. Aparentemente esse aspecto gerou certa inibição do jogador. Foi um jogo com muitas adversidades. Não parecia que seria assim. Vitória nos dois primeiros sets e tudo indicando um desfecho razoável, com 10 a 8 no terceiro. Mas, talvez a ansiedade, talvez o cansaço a prejudicar a concentração, ou ambos, prejudicaram o desempenho neste momento crucial. O adversário cresceu. Virou o set. Ganhou também o quarto. Um tie break, inesperado no início, se apresentou com o peso que trás o sentimento frustrante de quem tem a vitoria nas mão e a deixa escapar.

O jogo estava tenso, menos técnico e mais na vitalidade. Trocação de bola era intensa, drives escassos e a bola cozinhada diminuía os riscos, mas aumentava a exigência de concentração e vigor, tendo em vista que alongava a partida.

Foi terminar, como merecem as grandes disputas, com ambos em condições de vencer. Fábio exausto, a medalha no peito e a simplicidade na alma. Simplicidade que o torna um adversário, mesmo temido pela bravura, admirado pela conduta. Parabéns, Fábio. O evento Garra merecia um campeão com essa ‘garra’ que você demonstra em seus jogos!


Marina Leão

O mundo precisa de mais ‘Marinas’. Tenho a sorte grande de ter a minha.

No dia anterior ao evento, eu e ela fomos dormir às 4:00, pois estávamos finalizando alguns preparativos. A Marina abraça o tênis de mesa e posso dizer com tranquilidade que não existiria a Mário Leão se não fosse ela. É praticamente impossível dar prosseguimento a um projeto sem o apoio das pessoas que são importantes na vida da gente. É criar um combate dentro de casa.

Foi ela quem passou quase um ano comigo construindo a nossa metodologia de que tanto orgulhamos. Tudo que eu penso a respeito desse trabalho ela multiplica. Surgem oportunidades de investimentos por vezes altos e ela mais que depressa apoia. 

Ela viaja comigo para melhorarmos nosso conhecimento através de cursos e palestras como se estivesse indo tirar férias.

Tem ótimas ideias e é muito criativa.

Todos os dias que eu chego em casa ela pergunta como foram os treinos. Pergunta como vocês estão indo e se interessa como eu pela melhoria de vocês. 

Comenta, fala sobre tênis de mesa, enche a boca para falar do nosso trabalho pra todo mundo, basta ter uma pequena oportunidade.

Pode ter certeza que você, aluno, já teve o seu tênis de mesa elogiado por ela. E ela conhece, ela sabe o que é jogar bem ou não. Sabe o que é uma técnica boa, do jeito dela.

Certo dia eu estava vendo um vídeo na internet. Era bem cedo em uma praia, um número considerável de pessoas presentes e pescadores estavam puxando a rede de pesca anteriormente laçada ao mar.

A questão é que não se podia ver nada, não dava para ver a rede, somente a corda nas mãos dos pescadores. Naquele momento, somente umas duas pessoas além deles ajudavam. Mas quando a rede e alguns peixes começaram a apontar na beira da praia, muitas outras começaram a ajudar.

A Marina sempre puxou a corda comigo, mesmo sem saber se naquela rede já haveria algum peixe, seja no tênis de mesa ou em qualquer outro projeto.

Belíssima ela! 

E em sua homenagem, vou revelar aqui a mais inspiradora e eficiente dica dela sobre como vencer qualquer adversário.

Em suas palavras: “Atenção que eu vou explicar só uma vez e é muito simples. Raquete na bolinha, bolinha na mesa. É só fazer isso! Não tem como dar errado. Não sei o que vocês veem de complicado nisso!”

Aí a pessoa normalmente pergunta: “Mas e se o adversário devolver?”

“É só continuar fazendo a mesma coisa. Não muda! Continua sempre assim!”

Genial!!

Obrigado, sempre! Te amo!

 


Playlist garraMASTER

Os participantes curtiram a nossa playlist no Spotify. Olha o comentário de um deles aqui embaixo. Quer acessá-la? Tudo bem! Então aqui está o link: Playlist garraMASTER

 


Medalhas

Felizmente as medalhas foram a grande sensação. Impactantes, imponentes, surpreendentes! Disponíveis somente para quem tem muita garra.

Vários comentários pessoalmente e na web. Agradecemos muito a todos por isso! Veja alguns:

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Somente para quem tem muita garra!


Filmagem da disputa de terceiro lugar e final

Incluirei aqui, neste espaço, os dois grandes jogos. Assim que estiverem disponíveis, aviso pelo Instagram @mario_leao.


Mensagem aos participantes

A melhor competição é aquela consigo mesmo. Se você saiu do Garra melhor do que entrou, sinta-se vitorioso, pois as grandes vitórias nada mais são do que a soma de todas as “pequenas” vitórias que um tênis de mesa bem praticado pode proporcionar. 

Parabéns a todos e obrigado por fazerem valer o nome do evento! O show foi de vocês.

Até breve, 

mário LEÃO

 

Uma medalha, um passado, um presente e uma nova fase para Gustavo França no tênis de mesa

Quando eu vejo essa medalha, o que me vem à cabeça é um passado, um presente e uma nova fase para Gustavo França no tênis de mesa. E ainda trago a seguinte reflexão: o que é vencer?

O passado

Comecei com o Gustavo do zero em março de 2017. Ele jogava tênis, mas pouca coisa foi aproveitada. Para se ter uma ideia, a sua maior dificuldade era movimentar para a sua esquerda antes de golpear uma bola básica. Para a direita tudo bem. Muitos treinos foram feitos somente para ele melhorar essa habilidade específica. Sua evolução técnica foi uma construção passo a passo, sem atropelos. Ele tinha tanta dificuldade na movimentação para a esquerda que eu poderia ter ensinado o básico e pulado, passado para frente para ele “não se frustrar tanto com essa dificuldade”. Mas a gente sabia da importância que isso teria lá na frente e continuamos.

Duas características fundamentais que eu percebia no Gustavo, desde o início dos treinos: resiliência e paciência. Ele não se deixava levar pelo que não dava certo e evitava se abater, se entregar. Quando se abatia, o que é normal, procurava se reerguer. Entendia que ainda não estava jogando como gostaria, percebia as dificuldades e limitações, mas mantinha o foco em como melhorar determinada situação, mantinha a crença e a persistência de que conseguiria adquirir um jogo melhor. 

Em setembro de 2017 ele resolveu disputar o seu primeiro torneio. Obviamente que em uma competição todos almejamos ganhar ao menos algum jogo. Sua primeira experiência foram duas “derrotas” e nada mais. O tempo foi passando, continuou competindo e nada de muito significante acontecia. O Gustavo era um novato no esporte e estava lidando com as dificuldades naturais de um novato: dispersão, nervosismo e ainda não tinha uma identidade técnica e tática mais sólida.

Por volta do segundo semestre de 2018, algo diferente começou a acontecer. Ele jogava bem contra alguns veteranos em jogos não oficiais, mas quando ia para os torneios oficiais o jogo não acontecia tão bem como gostaria. Estava melhor, tinha placares à frente, mas não se mantinha rendendo bem.

O presente e o início de uma nova fase

Devido a isso, em janeiro de 2019 introduzi uma abordagem complementar para ele, a mentalidade. Como criar um comportamento e uma mente mais vencedores? Decidi que precisávamos entregar de forma mais clara o sentido do esporte, criar desafios pessoais maiores, romper com crenças limitantes (por exemplo a de quem joga a mais tempo é melhor), precisávamos que ele usasse melhor da motivação e que criasse uma linha de raciocínio que o ajudasse a manter o controle da situação em cada fase do jogo. 

Booom… Seu jogo apareceu muito mais e também foi premiado com essa primeira medalha em um torneio individual que você vê na foto. Era o 15º DECATHLON BH OPEN, realizado pela Federação Mineira no dia 25/01/2019. 

Mário Leão tênis de mesa
Primeira medalha individual do Gustavo em um torneio da Federação Mineira

Por eu estar trazendo a minha abordagem de como as coisas foram, você deve estar pensando que estou dizendo que o mérito é meu. Não. O mérito é do Gustavo, da sua resiliência e da sua forma de ver e entender o aprendizado.

Agora ele está entrando em uma fase de um encontro mais sólido consigo e com o seu tênis de mesa

É claro que tem muito para melhorar, mas para mim é importante reconhecer essa fase pela qual ele está passando.

Um ponto a considerar: se quisesse que ele apenas vencesse rápido em jogos, teríamos feito um monte de adaptações no seu jogo só para ele ter esse tipo de resultado e evitaria que ficasse exposto aos seus maiores desafios. Com isso ele poderia até vencer jogos mais rápido, mas acredito que se transformaria em um jogador mais fraco frente às adversidades e limitado tecnicamente. 

Gustavo em competições anteriores

O caminho de melhoria do Gustavo hoje está bem aberto. Sua base técnica bem construída com o seu esforço somada à sua atual forma de pensar lhe dão muito mais espaço para o crescimento.

Sobre o quanto melhor ele está sendo

Por falar em crescimento, eu falei muito de tênis de mesa até aqui. Mas o que de tudo isso é mais importante? O que entregamos a todo momento, “por linhas tortas”, ao Gustavo e aos outros alunos com nossas aulas personalizadas? Um engrandecimento pessoal refletido no tênis de mesa. 

O jogo bonito que o Gustavo fez no BH Open é reflexo de como ele está no momento. Eu tenho absoluta certeza que ele deu esse passo importante devido a uma evolução pessoal. Esporte e crescimento pessoal tem que caminhar juntos.

Ninguém fica em um esporte sem estar se sentindo bem, sem se desenvolver pessoalmente. Ou você já viu alguém jogar bem sem autoconfiança, sem motivação, paciência, sem calma, sem perseverança, sem crença, sem uma boa administração das expectativas, sem força de vontade, sem coragem, etc.?

O esporte bem praticado e bem conduzido é uma metáfora da vida. Ele entrega autoconhecimento, desenvolve suas qualidades potenciais e faz surgir novas. São transformações pessoais que refletirão no Gustavo, em qualquer área. 

O que é vencer?

Vencer é conseguir se movimentar para a esquerda quando tudo só funciona bem para a direita.

Parabéns, Gustavo França! Parabéns pelo que você precisou construir para “ter essa medalha”, símbolo das etapas vencidas, da sua melhoria técnica e pessoal e símbolo do que ainda está por vir.

Palavras do Gustavo sobre a conquista

“Faz quase dois anos que comecei a aprender tênis de mesa com o Mário Leão, treinando uma vez por semana. Comecei do zero, nem ping pong eu jogava. No começo tive muita dificuldade, mas com esforço e paciência, minha e dele, fui melhorando aos poucos, dentro da minha medida/idade. O tênis de mesa se tornou para mim um momento desestressante, de diversão e de atividade física. Fiz novos amigos e tenho conseguido alcançar meus objetivos pessoais com o esporte. A medalha de terceiro lugar no último BH Open representou para mim a culminação de vários meses de esforço e paciência para aprender a jogar razoavelmente o tênis de mesa. Contei com a ajuda inestimável do Mário Leão nessa caminhada, tanto na parte técnica, quanto com relação à parte motivacional. Espero que esse percurso continue e que seja longo! Valeu, Marinho!”

Mário Leão tênis de mesa
Gustavo no pódium

 

 

 

Leonardo França, a história de um campeão

Não se engane em acreditar que as coisas acontecem por acaso. Por trás de todo campeão tem uma grande história, mesmo que aos 11 anos. E a que vou contar agora é a do leão Leonardo França.

É para ser contada e recontada, pois foram experiências tão ricas que eu não vou conseguir dizer tudo. Bom, então para facilitar, vou partir do começo e escrever o que for mais importante.

Aulas com irmãos de diferentes perfis

Quando o Leonardo começou a treinar com o seu irmão e parceiro Felipe, há um ano e meio, o seu pai havia me dito que os dois tinham perfis bem diferentes, que cada um era de um jeito. No começo eu não conseguia entender bem do que se tratava, afinal estava muito recente.

Mas com um pouco de tempo, minha percepção a respeito deles foi amadurecendo e acabei tendo uma curiosa leitura pessoal: o Leonardo para mim era competitivo, atento, “sério” nos treinos, com muita garra e vontade e o Felipe mais sereno, despretensioso, calmo e divertido.

Características bem opostas: um mais “zen”, o outro mais afoito. Dois perfis diferentes e de ótimas qualidades.

E essa característica mais marcante do Leonardo, a competitividade, fazia dele para mim uma promessa. Alguém que poderia se destacar.

tênis de mesa belo horizonte mário leão
Leonardo França – Campeonato Mineiro 2018

Mas…

Olhe que interessante.

O Felipe se apresenta como um jogador muito produtivo. Por não assumir muita responsabilidade em relação aos resultados finais dos jogos, ele se mantém bastante tranquilo na mesa, desferindo seus golpes com muita coragem, sem grandes receios quanto aos erros e por isso mesmo ele tem um constante índice de acertos, um bom volume de jogo. Falando nisso, vale muito à pena ler a publicação Você pode não conhecer o Lipe, mas precisa saber com ele como se joga tênis de mesa.

Já o Leonardo, sua cobrança sempre foi maior. Para ele nunca bastou somente jogar. Ele sentia as derrotas em jogos, não se conformava, sentia os erros nos treinos, se desapontava bastante. Isso é muito bom porque a insatisfação gera motivação, mas no caso dele, fez também com que carregasse muitas frustrações. Chegou a ter uma certa raiva mesmo por não atingir bons resultados. Por sua expectativa estar em desacordo (queria jogar melhor do que já jogava, mas não conseguia) acabava sendo menos produtivo nos jogos.

Percebam que os dois tem um grande potencial. São dois perfis que, somados, resultam num jogador bem mais completo: equilíbrio e competitividade.

O desafio de lidar com os erros e as derrotas

Voltando ao Leonardo, à medida em que ele ficava melhor nos treinos, mais sua expectativa aumentava em relação a melhores resultados nos jogos e mais ansioso em relação a esses resultados ele ficava, atrapalhando ainda mais a sua maneira de lidar com os erros e com as derrotas. Ele estava, sem saber, se prejudicando.

Toda essa situação aconteceu em um curto espaço de tempo. Foi recente, há alguns meses. No início, nada com que me preocupar. Ele estava apenas lidando com suas dificuldades normais que todo mundo enfrenta. Mas há dois meses, uma derrota em um jogo despertou um alerta. Ele definitivamente não estava conseguindo lidar saudavelmente consigo enquanto jogava.

Lembra dos mesa-tenistas ouro, prata e bronze? Deixarei aqui o link do artigo, caso você ainda não tenha lido: As três classes de mesa-tenistasO Léo, sem saber, estava dando o primeiro passo para entrar na classe do mesa-tenista prata. E não tinha como ele saber mesmo, pois estava apenas vivendo suas novas experiências.

O ponto chave era que ele precisava melhorar a parte comportamental para ficar mais completo, precisava melhorar a sua forma de encarar os erros e as adversidades e sua forma de entender o esporte.

A intervenção e o início de uma nova perspectiva de crescimento

A vantagem foi que percebemos essa necessidade rápido. Assim que eu soube do ocorrido naquele jogo, disse para o pai dele que precisava de uma aula especial para ele sozinho, sem o irmão.

E com o consentimento do pai, marcamos a aula. Foram trinta minutos de conversa sobre o processo de melhoria, sobre o que o esporte significa e sobre como lidar bem com ele afeta diretamente no seu melhor desempenho esportivo e na vida dele como um todo para situações semelhantes.

Alguns destaques da conversa na aula:

  • a vitória no jogo ou em um torneio é a consequência de várias outras importantes vitórias, como a melhoria técnica e o controle emocional;
  • o esporte é uma relação pessoal e não uma relação sua com o seu adversário;
  • o esporte tem que servir para você ser uma pessoa melhor e mais feliz;
  • uma boa forma de lidar com adversidades é se mantendo no presente, acreditando e pensando em cada ponto, independente de placar desfavorável;
  • mantenha-se sempre motivado;
  • errar faz parte, corrija e siga em frente;
  • saber lidar bem com situações difíceis no tênis de mesa o ajudará a lidar com outras prováveis situações futuras fora dele.

No final eu disse ao Leo: “eu gosto muito de você, você vai melhorar, eu vou te ajudar, pode contar comigo, vamos combinar de resolvermos isso juntos?” Ele disse sim. E eu disse ainda: “e outra coisa, nós ainda vamos contar a sua história no site, blza?”. “Blza.”.

tênis de mesa belo horizonte mário leão
Leonardo França – Campeonato Mineiro 2018

E o Leonardo começou a escrever a sua história. Ele pegou firme nas aulas para melhorar pontos-chave na sua técnica, ele se esforçou bastante para melhorar o seu comportamento nas mesas e com isso se tornou mais completo. Ele abraçou a causa. Ele é o principal responsável por sua melhoria, porque por mais que eu o instruísse, só a força de vontade dele em fazer diferente falaria mais alto.

Uma grande partida e o título de Campeão Mineiro

Dois meses depois, o final feliz dessa história foi que o Léo se tornou campeão mineiro na categoria Super Pré Mirim, em um jogo altamente profissional, um oponente difícil, com as mais variadas adversidades que você pode imaginar. Ele motivado, acreditando a todo instante na vitória, tendo que virar um jogo desfavorável de dois sets a um, tendo coragem para se impor em um último e decisivo set dificílimo decidido nos detalhes, tendo que superar seus erros em momentos cruciais.

A data é 15/12/2018, uma conquista pessoal que eu tenho certeza que já transformou profundamente esse incrível e admirável garoto de apenas 11 anos. Parabéns mais uma vez, fera, o melhor de Minas Gerais!!

E agora o Léo é definitivamente um mesa-tenista ouro, em todos os sentidos!

Também queríamos dar os parabéns ao Henry Sato, que foi muito forte em todos os momentos do jogo e que também fez uma ótima partida, sendo vice-campeão!

E parabéns ao Lipe que esteve sempre confiante, buscando placares praticamente perdidos, ficando em terceiro lugar!

Gostou desta publicação? Deixe o seu comentário no campo de comentários abaixo que teremos o prazer em lhe responder.

Seguem outras fotografias de minha autoria que ajudam a contar esse momento marcante do Leonardo.

Abraços, Mário Leão!!

 

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Henry Sato, Leonardo França e Felipe França

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Leonardo França – Campeão Mineiro 2018

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Leonardo recebe o troféu de campeão das mãos do Renato Belisário, Presidente da Federação Mineira de Tênis de Mesa

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Felipe França e Leonardo França – irmãos e parceiros de treino. Ajuda e cooperação mútuas nas aulas deixam eles mais unidos e melhores no tênis de mesa

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Leonardo exibe com alegria os prêmios de primeiro colocado

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Felipe vibra com sua primeira e importante medalha em um campeonato mineiro

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Precisa de legenda?

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O pai e o registro

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A família comemorando – parabéns aos pais pela dedicação e incentivo

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Muita representatividade, uma história de superação e engrandecimento do Léo

 

O rei das mesas do Intermed

tênis de mesa belo horizonte
Lucas Rodrigues da Costa

Gostamos de pessoas que ao longo de sua caminhada na vida se transformam, mesmo já tendo vivido e aprendido bastante. Pessoas que se tornam referência para outras e que inspiram por um simples motivo: buscam se aperfeiçoar, ser grandes. E um exemplo de pessoa que acompanha esse movimento com a gente é o leão Lucas Rodrigues da Costa, chamado por nós nesse artigo de o rei das mesas do Intermed.

Lucas é universitário, cursa Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e além dos desafios do próprio curso, representa a Faculdade nas concorridas competições universitárias ao longo do ano. Uma delas é o Intermed.

“O Intermed Minas é nossa principal competição no ano, sendo a principal motivação para manter o foco e o ritmo dos treinos. Poder representar nossa faculdade e fazer parte de uma equipe que ainda está em formação, mas crescendo, é algo realmente muito bom.”, disse Lucas.

Conhecendo o Lucas, atuando em seu tênis de mesa e comemorando o seu grande resultado no Intermed

Quando o vi treinando pela primeira vez em 2016, percebi que já jogava muito bem. Mesmo assim, mantinha uma inquietude, uma determinação para continuar melhorando.

Com isso nos passava uma mensagem, sem dizer, de que para ele não bastava ir lá e vencer. Era preciso chegar nas competições melhor do que se encontrava naquele momento.

E essa foi uma excelente oportunidade de melhorar o que já era bom, um grande desafio.

Num primeiro momento, o que levamos foram aulas para que tivesse mais ritmo e volume de jogo, mais acertos. 

Etapa vencida, subimos alguns degraus.

Poderíamos nos dar por satisfeitos, pois muito provavelmente já seria suficiente para as competições que ele disputaria. Porém, tanto meu ímpeto de elevar sempre as pessoas a novos patamares, como o dele de querer melhorar, não nos fez parar.

Foi aí que entrei com um enriquecimento de raciocínio novo que mudaria muito o nível do seu jogo taticamente: o uso de bolas criativas (variação) e ataques e contra-ataques em momentos estratégicos. Isso deixou o Lucas mais versátil, pois seu jogo era predominantemente defensivo (estilo kato).

Quando se agrega a um jogo assim, os maiores ganhos para a pessoa são a evolução no raciocínio, ou seja, a variação que se cria na forma de pensar e o aumento na velocidade de reação do corpo. Isso tira da zona de conforto, do padrão, e abre-se uma porta imensa para mais e mais crescimento.

E conversando com Lucas sobre a final do Intermed, ele disse que seus golpes usuais de defesa não estavam entrando na mesa como queria. Precisou usar os ataques treinados para fazer render mais o jogo.

“Durante o ano o aprimoramento da técnica é muito importante. Mas quando vai chegando a competição, o ritmo de jogo faz muita diferença, além da estratégia para cada jogo e para cada ponto.”.

Obviamente que nunca é garantido qualquer bom resultado. Foi preciso doação, respeito aos adversários, entrega e seriedade. 

Lembro-me de uma conversa rápida que tive com o Lucas: “Você está bem preparado, mas precisa entrar com firmeza, claro, reconhecendo e respeitando o adversário.”.

Agora o Lucas é tri-campeão do Intermed pelo Conclave Médico Desportivo e Faculdade de Medicina. Fantástico!

Parabéns ao Lucas, ao Conclave Médico Desportivo e a todos os envolvidos! 

“É muito bom ser campeão, né? É o momento que não sou só eu, mas também os colegas e o Conclave. Vemos que vale à pena o investimento no que está sendo feito nos últimos anos. Bom lembrar que o nível das competições está aumentando muito a cada ano, então não podemos entrar na zona de conforto, sempre precisamos continuar treinando.”, disse Lucas ao ser perguntado sobre como se sentia com o resultado.

Inspiração na sua caminhada

E o principal exemplo do Lucas que queria deixar é como que o tênis de mesa bem praticado engrandece uma pessoa.

Portanto, baseando-se nas informações dessa publicação, seguem algumas qualidades que fazem diferença na vida do Lucas e que estão presentes no tênis de mesa dele:

  • energia para superar os seus próprios desafios, os seus limites, ao não se ver acomodado com o que já sabe e ressaltando que sempre é preciso continuar treinando;
  • foco no que está fazendo; objetividade para com suas metas durante os treinos e durante as competições;
  • aprimoramento do raciocínio e da velocidade de reação do corpo, ao lidar com novas informações nas aulas;
  • humildade e realismo, ao reconhecer o crescimento do nível das competições;
  • noção de coletividade, de equipe, ao dizer que a conquista não é um momento só dele, mas também dos colegas e do Conclave;
  • reconhecimento de que vale à pena o esforço para ser melhor, ao dizer que “vale à pena o investimento no que está sendo feito nos últimos anos”;
  • valoriza a preparação; valoriza a importância que treinos (o mesmo que estudo, aprendizado) têm para se sair melhor;
  • alegria, satisfação, prazer ao fazer algo bem feito.

Espero que, assim como eu, você se inspire na história vencedora do rei das mesas do Intermed

Deixe o seu comentário e compartilhe!

 

 

Encontro Mário Leão: uma atividade complementar

No último sábado realizamos mais um Encontro Mário Leão – uma atividade complementar das nossas aulas de tênis de mesa. É para alunos, ex-alunos e porventura alguns convidados.

Nossa proposta com ele é:

  • agregar, dar a possibilidade de colocarem em prática o que aprenderam até o momento;
  • oferecer um trabalho complementar
  • avaliar posteriormente os pontos positivos e os que podem ser melhorados, alterando a dinâmica dos próximos treinos, se necessário;
  • é uma oportunidade dos alunos se verem, interagirem, observarem a evolução de cada um, já que nossas aulas são individuais ou em dupla;
  • motivar os iniciantes ao terem a oportunidade de contato com outros mesa-tenistas.

 

Mário Leão tênis de mesa Belo Horizonte
Nós no Bando: Luca, Gustavo, Patrick, Guilherme, Leo e Lipe.

O Encontro observa um de nossos valores que seguimos fielmente desde que iniciamos nosso trabalho: o aluno e seu aprendizado em primeiro lugar. Temos o prazer em perceber a evolução constante deles, mas o mais importante, ter o feedback de que perceberam essa melhoria, etapa após etapa.

Somente alguns puderam estar presentes nesse último Encontro, mas por um lado possibilitou que fizéssemos mais jogos, sendo bem produtivo.

Obrigado mais uma vez aos que puderam estar presentes e parabéns a todos pelo desempenho!

Segue o link com as fotografias que marcaram o momento:

http://marioleao.com/galeria/encontro-mario-leao/

“Mário Leão, revelando a fera que existe em você.”  

Belo Horizonte – Mário Leão e Equipe

 

 

A Mário Leão oferece a você uma empolgante modalidade esportiva, o tênis de mesa

Um pouco sobre a Mário Leão

Talvez você não saiba da grande oportunidade que a Mário Leão oferece a você de praticar uma nova e empolgante modalidade esportiva em Belo Horizonte ou em sua cidade mineira, o TÊNIS DE MESA.
 
E não se trata de qualquer prática, se trata de aulas com SOLUÇÕES EFICIENTES E CONSISTENTES PARA O SEU TÊNIS DE MESA, seja você adulto ou criança, iniciante, atleta ou praticante veterano. 
 
Encontrará o que há de mais importante no tênis de mesa, o que realmente precisa saber e fazer. Nosso método e didática transformarão a sua forma de jogar com apenas uma aula por semana.
 
Temos inúmeros exemplos reais para dar de como nossos alunos evoluíram rapidamente. Mas você já imaginou a possibilidade de aprender um golpe considerado complexo em nossa modalidade em apenas uma hora? Quem dirá em 5 minutos? Ou você pode imaginar que 2,5 minutos é um absurdo? Pois é, assim que funciona na Mário Leão. Quer saber o que os nossos clientes dizem a respeito? Acesse http://marioleao.com/depoimentos.

O “desafio50”

 

Agora que entendeu um pouco de nós, vem aí uma grande oportunidade para você:
 
Buscando melhorar ainda mais a regularidade de acertos de nossos alunos, preparamos para eles treinos específicos que tem, como meta inicial, 50 golpes tecnicamente bem executados na mesa.
 

A partir daí, surgiu a ideia de criarmos o “desafio50”, uma forma de envolvê-los e estimulá-los a bater recordes. Já em sua primeira tentativa, o leão Luca May Debien realizou 75 golpes, superando, no mesmo dia, Cesar de Freitas que havia acertado 65 golpes.

 


A oferta

 

Para premiarmos cada nova escalada na pontuação, vamos oferecer uma aula experimental gratuita para quem o novo aluno recordista indicar, da seguinte forma:
1 – Se o aluno indicado para a aula experimental nunca tiver pegado em uma raquete, abordaremos o tema “Divertindo e evoluindo com o tênis de mesa”;
 
2 – Se o aluno da aula experimental a ser indicado for iniciante, abordaremos o tema “Como deixar de ser um jogador de ping pong e se transformar em um mesa-tenista em apenas uma aula”;
 
3 – Se o aluno da aula experimental for um atleta ou praticante veterano, abordaremos o tema “Como ser um mesa-tenista vencedor.”.

 

Mário Leão e Luca May Debien, atual recordista do “desafio50”.

E você que ainda não faz parte do nosso bando e que não foi indicado, terá também uma chance de ter uma aula experimental de tênis de mesa conosco envolvendo o tema 1, 2 ou 3 acima citados.
 
Para isso, basta escrever nos comentários das publicações sobre o desafio, aqui no site, na fanpage ou no instagram, “Eu no Bando Mário Leão” que faremos um sorteio no dia 24/09/2018.
 
Está lançado o “desafio50”!
Veja a continuidade nas redes sociais!
 
Comente, compartilhe e #vemprobando!!
 
Parabéns, Luca!! E agora, quem irá superá-lo?? Ah, já íamos esquecendo, foi o próprio Luca que aprendeu o golpe em 2,5 minutos.

Entrevista com o ícone Fábio Mendes

Um privilégio tantas gerações vivenciarem a carreira de sucesso de Fábio Mendes! E para marcar ao menos 6 décadas de tênis de mesa muito bem jogado, fizemos uma entrevista com ele. Confira!!

– Oi, Fábio, obrigado por conceder a entrevista! Prazer enorme falar com você e de ter tido a oportunidade de conviver todos os meus anos de prática o vendo jogar e sendo inspirado pelos seu belos lances. Hoje queria lhe fazer umas perguntas em nome de todos os que o admiram e com a finalidade de homenagear a sua representatividade no tênis de mesa mineiro. O que me fascina é ver a nova geração, por exemplo os meus atuais alunos, falarem tão bem da sua conduta e performance na nossa modalidade. É uma forma de reconhecimento novo, demonstrando como seu passado e presente continuam inspirando a todos nós. Nos sentimos orgulhosos em tê-lo nas mesas.

– Boa tarde, Mário, e obrigado pelo interesse! Normalmente não gosto de falar sobre mim, especialmente quando há tantos jogadores melhores em ação. Mas vamos lá!

Fábio, como iniciou a sua trajetória no tênis de mesa? Quando e como tudo começou?

Aprendi a gostar do tm desde os seis anos de idade, praticando em casa, na mesa da sala de jantar. Ao entrar para o Externato São José, no Rio de Janeiro, onde residia na época, para cursar o primário, encontrei uma atividade organizada (5 mesas, torneios contínuos, o vencedor de cada mesa avançava para a seguinte). Comecei na 5ª mesa e em pouco tempo disputava a 1ª mesa com os melhores jogadores do colégio. Mas o começo efetivo foi no tempo da universidade (55 a 59), quando conheci a FMTM, em BH, fundada em 1952 pelo José Carlos da Rocha Barros.

Fábio Mendes em pé, o primeiro da esquerda para a direita. Ao centro de óculos, o fundador da FMTM, José Carlos da Rocha Barros. Década de 50.


Qual o papel do tênis de mesa na sua vida? O que ele representa?

Sempre foi o meu esporte de predileção, e, excetuado o período de 61 a 75, quando fiquei afastado, nunca deixei de praticá-lo. Acredito que este dom, que, como qualquer outro, é graça de Deus, seja um dos responsáveis pela conservação da minha saúde até hoje.


Na sua opinião, o que o fez permanecer tanto tempo jogando tão bem?

Treino e dedicação, procurando sempre evoluir pela observação dos melhores jogadores, já que, desde o início, sempre fui autodidata e nunca tive alguém para me ensinar.


Qual vitória você considera mais icônica na sua carreira?

Difícil dizer. Acho que todas.


Alguém lhe inspirou na construção do seu estilo de jogo? Algum atleta?

De modo geral, os chineses é que orientaram minha filosofia de jogo, procurando jogar perto da mesa e com economia de movimentos. Mas sempre procurei imitar os jogadores que se destacavam em alguma jogada, para aperfeiçoar o jogo.

Uberaba, 1957, II Jogos Universitários Mineiros. Fábio é o quarto da esquerda para a direita.


Quais os benefícios alcançados com o tênis de mesa você considera mais importante?
Satisfação, saúde, qualidade de vida e melhoria de reflexos, que até me ajudam muito em outras atividades, como na direção de veículos.

De onde surgiu a ideia de ser ambidestro? O que o motivou?
Já que o esporte desenvolve a musculatura e reflexos, é bom também desenvolver o lado direito do cérebro, que controla os movimentos do lado esquerdo do corpo. E também pelo exemplo de algumas pessoas que tinham essa habilidade e que achei importante desenvolver.

Muitos jogadores, inclusive eu, se sentiram frustrados e ao mesmo tempo lisonjeados em perder para você jogando de mão esquerda. O que acha disso?
Que eu me lembre, jamais venci Mário Leão com a mão esquerda, e muito poucas vezes com a direita. Mas é verdade, alguns jogadores não gostavam de perder para a mão esquerda e para evitar constrangimentos parei praticamente de usá-la para jogar.

Reza a lenda que em um mesmo torneio você se inscreveu para duas participações, uma como Fábio Mendes – destro, outra como Fábio Nunes – canhoto, tendo como final Fábio Mendes contra Fábio Nunes. Isso é verdade?
Na verdade, não é lenda. Aconteceu de fato em um torneio aberto do Olympico Club, que reunia em média cerca de 80 jogadores divididos em categorias.

Fábio levantando em sua casa a taça “Troféu Tribuna Sul Mineira”  de 1º lugar no Campeonato Mineiro de 1981, realizado em Poços de Caldas.


Como se sente sendo um ícone do tênis de mesa de Minas Gerais, campeão mineiro por diversas vezes e inspiração para tantos jogadores?
Não me considero ícone algum. Questão de oportunidade, talvez, por não existir um tênis de mesa desenvolvido na época. Basta ver como o surgimento de jogadores como Michael Kleefeldt, Mário Leão, Bruno Possas e outros mudaram completamente o panorama.

Que mensagem você gostaria de deixar para seus fãs e futuras gerações de mesatenistas?
Sempre afirmei que o importante para o desenvolvimento é, além da habilidade pessoal, que é um dom de Deus, a necessidade do gosto pelo esporte. Só assim haverá perseverança para alcançar bons resultados.

Fabio Nunes Mendes tem 81 anos, natural de Belo Horizonte, é engenheiro civil com especialização em engenharia de processamento e engenharia econômica, agora aposentado. Perguntado sobre seus títulos, Fábio nos contou o seguinte: 

Foram bastantes, individual, duplas e equipes. Não dá para lembrar  (não me preocupei nunca em anotar os eventos), mas posso ver, como exemplo, nos troféus e nas mais de cem medalhas que restam (já me desfiz de grande parte) alguns torneios onde fiquei em 1º lugar:

Campeão Mineiro de Duplas, 1956;
Torneio da Cidade, 17/6/58;
Troféu “A Gazeta Esportiva”, FUME/FUPE/FAE, 1958;
Em 59 e 61, bi-campeão do torneio Minas, Rio e Espírito Santo, torneio que não mais se repetiu;
Duplas e equipe no 3º Torneio FUME-FAE-FUPE, 1960:
Camp. Min. equipe, FMTM 1979;
Idem, equipe, FMTM 1980;
Duplas, em 1980;
Penta campeão mineiro individual de 1977/78/79/80 e 86;
Torneio Raquete de Ouro, 1982;

Fábio em ação. Década de 80.

No período, participei de Campeonatos Brasileiros da CBTM, trazendo, nos jogos de equipe, ao lado de Renato Belisário, Arpad, Tompa e outros, a terceira colocação para MG. Nunca tive expressão nacional no TM – ao que me lembre, o único mineiro que conseguiu chegar à seleção brasileira foi Gilmar Aleixo, até hoje não superado por qualquer jogador das Gerais.

Equipe do Olympico Club. Década de 70 para 80. Da esquerda para a direita, Marcio Teixeira (Marcinho), Renato Belisário, Fábio Mendes, Marcos Valadares e Fukuda.

Vários Campeonatos Abertos da FMTM, de 82 em diante; conforme o ranking da época, permaneci em primeiro até 1997, quando, ao completar 60 anos, fui definitivamente superado por Michael Kleefeldt, que revelou-se, até hoje, como um dos melhores jogadores que já surgiram em MG, ao lado de Mário Leão, que foi sempre o seu grande adversário. Outros jogadores habilidosos também surgiram nas décadas de 60 a 90, mas tiveram rápida carreira, e não continuaram no esporte;

Festival de jogos de mesa-SESC,1995,1998, 2000;
Torneio Prof. Geraldo, 1990;
Campeonato Estadual , FMTM 2000
Torneio de Ranqueamento, FMTM jul/2000;
Torneio de Ranqueamento, FMTM jun/2001;

Continuo participando dos campeonatos que surgem, com colocações variadas, até hoje. Na categoria veteranos, com poucas exceções tenho ficado na 1ª posição, mesmo na categoria de 50 anos (em 2017 venci o Circuito Regional na categoria de 50 e de 60 anos).
É isso aí. Enquanto puder, continuo dando trabalho para os novos jogadores que surgem…

Campeonato Mineiro de Equipes de 1997, no Ginásio do Yadoya, em Belo Horizonte. Da esquerda para a direita: Fábio Mendes, Torres, Túlio e Fernando Lima.


Separamos alguns relatos de amigos que estiveram com ele durante a sua trajetória:

Renato Belisário (reprodução de áudio) – “Beleza, Mário, então vou lhe dizer sobre o Fábio. O Fábio é o maior campeão mineiro DE TODOS OS TEMPOS. Ele venceu praticamente todos os que já foram algum dia campeão mineiro. Exceto o Wesley, que virou um atleta de alto nível muito depois, e o Fábio já está com mais de 80 anos, então não o venceu. Mas eu vou te dizer: de repente, em uma final de algum campeonato importante, eu ainda acredito que o Fábio possa vencê-lo. Então ele é um ídolo, na verdade para nós da geração dele, né? Eu aprendi a jogar tênis de mesa com ele, por um convite dele, que me viu jogando um dia. Eu estava na faculdade, participei de um evento da Petrobrás e ele me convidou e eu virei depois o segundo atleta do Olympico, num período em que o Olympico vencia tudo que jogava. De 1978 a 1981, nós ganhamos TODOS os campeonatos mineiros de equipe, TODOS os campeonatos mineiros individuais, TODOS os campeonatos mineiros de duplas. Vencemos tudo. Eu tenho o maior orgulho de ter vencido o Fábio na época em que ele tinha quarenta e poucos anos. E ele jogava num altíssimo nível. Tão alto nível que ele chegou entre os oito finalistas de um Brasileiro em 1980, em que o Biriba foi campeão. O Fábio estava entre os oito melhores no adulto do Brasil, vencendo inclusive o Gilmar nessa competição! Então o Fábio é uma pessoa que eu sou suspeito pra falar sobre ele. É meu padrinho do meu primeiro casamento, sou amigo dele, respeito demais ele. E ele, do modo dele, da maneira dele, desenvolveu de uma maneira autônoma, de uma maneira autodidata. E ele é o melhor, o melhor jogador de Minas Gerais de todos os tempos. Não tenho dúvida em dizer isso. Ao ponto de você, quando joga com ele, ter dificuldade de ganhar dele. Ele vence jogadores que é inacreditável! É uma pessoa muito humilde, muito humilde. Uma pessoa que não vangloria as suas vitórias… Ele fez agora um ato que eu achei sensacional. Ele doou, nós estamos guardando lá na AMA, todos os troféus que ele ganhou em todos os campeonatos. Nós vamos fazer um museu guardando esses troféus. Ele foi capaz de vencer, eu posso te assegurar aí: Godofredo quando era o melhor jogador na década de 75, por aí, o Arpad quando era o melhor jogador nos anos 76, 77. Depois quando ele se tornou de novo um grande jogador, pois ele tinha parado por 10 anos, na volta do Fábio, que era 76, 77, por aí, e o melhor jogador era o Dico, daí para frente o Fábio ganhou tudo que jogou. Ele teve momentos em que ele perdeu pra mim, que ele perdeu para o Arpad, que ele perdeu pro Márcio, que ele perdeu pro Barriga, que ele perdeu pro Túlio, mas ele perdia e logo ganhava depois. Então ele, ele na verdade nunca foi superado. Ele jamais foi superado. Eu vou dizer que o maior jogador hoje, que pode se dizer assim, que ele nunca ganhou, foi o Wesley. Os outros todos que estiveram em Minas Gerais, todos os tempos que ele jogou, ele superou todos. Então é…. acho que ele desenvolveu, e ele tem uma habilidade pessoal, ele desenvolveu uma maneira de vencer. E a gente que treinou com ele, eu fui sparring dele, eu treinei com ele de 76 a 81, aprendi perdendo pra ele. Primeiro de mão esquerda, né? Ele jogava com todo mundo de mão esquerda, e depois de mão direita. E a gente aprendia apanhando dele, na verdade, porque ele era aquele jogador que era competitivo até no bate-bola. No bate-bola dele ele queria vencer. Excepcional, excepcional… Eu tenho um respeito a nível nacional… recentemente conversando com o Alaor, presidente da Confederação, ele falou que era pra gente fazer uma homenagem pro Fábio. O Fábio era conhecido como o revés, o melhor revés do Brasil, que hoje chama de backhand, né? Ele era o melhor backhand do Brasil, ele era reconhecido assim. Contemporâneo do Betinho, do Biriba, nunca tivemos um jogador em Minas Gerais como ele. Espero que a gente venha a ter, agora nessa nova fase da Federação, jogadores que tenham condição de superá-lo! É uma pessoa com uma capacidade de assimilar o jogo do adversário, uma capacidade de identificar os pontos fracos do adversário, de explorar os pontos fracos do adversário. Ou seja, com uma grande estratégia de jogo! Muito grande estratégia de jogo. Joga com técnica apurada, muito parado, sem precisar se movimentar, mas com uma estratégia de jogo, uma coisa FENOMENAL! Ele conseguia virar jogos, né.. Eu hoje vejo as pessoas falarem assim: jogadores como o Calderano e tal tem grande força mental. Se você for falar de força mental com o Fábio, é BRINCADEIRA! Ele é capaz de virar situações onde ele está completamente batido, completamente derrotado e ele vira a partida. Então eu sou suspeito pra falar. Aprendi com ele e respeito o jogo dele demais, gosto demais de treinar com ele, vou à casa dele quando posso pra treinar com ele, e ele, SEM DÚVIDA, pra mim, é um fenômeno. É o melhor jogador mineiro de tênis de mesa DE TODOS OS TEMPOS, MÁRIO.”

Fábio Mendes – 2015


Arpad – Sobre o Fábio Mendes tenho duas opiniões distintas:

  1. Sobre a pessoa, um cara muito legal, muito atencioso, educação e cultura bem acima da média, um grande amigo.
  2. Sobre o jogador, ai não dá para ser feliz com ele… ganha praticamente todas as partidas, não te dá quase nenhuma oportunidade. Se então fizer dois pontos à frente, já se pode ir pensando no próximo set ou no próximo campeonato. Esse em que deu azar de cruzar com ele já era…. As bolas longas e paralelas são muito difíceis de devolver, e quando você devolve, logo vem uma outra mais complicada. É entrar em um torneio, ver que o Fábio está lá e já se conformar que a maior chance é a de chegar no máximo em segundo lugar. Mas para a minha alegria e grande surpresa, algumas poucas finais davam zebra e eu ficava em primeiro, mas, repetindo, poucas vezes.

Convivo com ele já tem algumas décadas. O jogo e o caráter dele sempre estiveram em elevado nível e, pelo que vejo, isso ainda durará por muitos anos…

Um abraço de um amigo e, especialmente, de um fã e admirador!


José Geraldo Torres – Falar do Fábio é muito fácil. Ainda mais para mim que tive o privilégio de trabalhar na mesma empresa que ele. Jogávamos diariamente no horário do almoço. Fábio é uma pessoa maravilhosa, cheia de virtudes e qualidades, pessoa amiga, é generoso, companheiro e parceiro de todas as horas. Como se não bastasse, é o melhor jogador de tênis de mesa de todos os tempos do nosso Estado. Se tivesse tido incentivo, ele estaria no rol dos grandes jogadores mundiais. Na verdade ele me ensinou os primeiros manejos com a raquete de tênis de mesa. Quantos atletas se inspiraram no seu talento e na sua técnica?

Alguns fatos engraçados marcaram a nossa trajetória no tênis de mesa:

  1. Logo no início, quando comecei a jogar, o Fábio tirou da sacola uma raquete de 10 cm de diâmetro, pouco maior que a bola, e começou a jogar com todos que ali estavam no horário do almoço na REGAP. Acreditam que mesmo assim ele ganhou de todo mundo??
  2. Nós tínhamos uma hora de almoço. Nos 25 minutos finais eu subia para almoçar. Todos os dias eu chegava na mesa todo ensopado. Os meus colegas me gozavam e perguntavam se eu tinha tomado banho. Eu respondia que era por causa do treino de tênis de mesa. Aí eles perguntavam: “Por que o Fábio chega sequinho, sem um pingo de suor?” Aí eu dizia: “O Fábio tem tanta técnica que pode jogar com a gente até de terno e gravata e não derramar nenhum suor.”
  3. Vocês sabem que o nome completo dele é Fábio Nunes Mendes. Foi feito um campeonato contendo duas chaves. Uma chave em que o Fábio disputou como Fábio Nunes, jogando de mão esquerda, e a outra como Fábio Mendes, de mão direita. Como ele classificou em primeiro nas duas chaves, não foi possível fazer a final. Afinal, esse é o Fábio.

Existem pessoas que a gente tem o prazer e o privilégio de conhecer e conviver. Uma dessas pessoas na minha vida é o Fábio. O Fábio é realmente gente boa!!!


Márcio Teixeira (Marcinho) – Logo que comecei a jogar tênis de mesa, conheci o Fábio, que me levou para o Olympico Club. Se não me falha a memória, foi em 1976 ou 77. Treinei, joguei e convivi com o Fábio por muitos anos. Formamos uma equipe, no Olympico, que ganhou todos os campeonatos de equipes em Minas, por muitos anos. Várias vezes, entrávamos com duas equipes e éramos campeões e vice-campeões. Além de tudo que já foi dito sobre o Fábio como jogador, ressalto que ele era o diretor técnico de tênis de mesa. Ele era o dirigente por trás de tanto sucesso. Vários atletas que passaram pelo Olympico após o Fábio, devem a ele a estrutura deixada. Quando ele decidiu sair do Olympico, ele me deixou como diretor técnico. Algo inaceitável, pois eu não era sócio do clube. O prestígio do Fábio era tanto que a diretoria aceitou. Se não fosse isso, eu não teria trazido o Fernando Lima que formou uma nova geração de ganhadores. A própria existência do Campeonato Aberto de tênis de mesa, que era realizado semanalmente e existiu sem interrupção por muitos anos, tem o dedo do Fábio por trás. Muitos jogadores que ainda jogam conheceram o tênis de mesa por meio desse campeonato.
Em algum momento, acho que após o Fábio ter ficado em 5º lugar no campeonato Brasileiro individual do Rio de Janeiro, o Fábio limitou suas viagens para disputar campeonatos Brasileiros. Quando eu chegava de alguma viagem para disputar algum campeonato ou fazer algum treinamento, o Fábio sempre vinha me questionar sobre novidades técnicas. Ele sempre estava incorporando alguma nova jogada ao seu repertório. Ainda hoje, esta é uma característica dele, sempre querendo melhorar ainda mais.
Além de grande jogador e grande dirigente, o Fábio sempre foi um grande incentivador. Tudo que consegui fazer no tênis de mesa sempre tinha o Fábio incentivando e ajudando de alguma maneira. Fiquei uns 20 anos sem jogar. Com alguma frequência, o Fábio me ligava e me convidava para bater bola. Mesmo eu não indo, ele continuou insistindo e agora estou aqui tentando jogar novamente. Quando contei a um amigo que estava tentando jogar tênis de mesa, ele me perguntou sobre um senhor que jogava muito bem e que ele tinha visto jogar no passado. Disse para ele que este senhor estava com 80 anos e ainda jogava em altíssimo nível. Meu amigo quase não acreditou.
Quero agradecer ao Fábio por tudo que ele fez por mim e pelo tênis de mesa. Sempre que eu o enfrentei e ainda enfrento, tenho a certeza de que será um excelente jogo!


Bruno Pôssas – Fabio Mendes: Um exemplo de Atleta

Já fazem vários anos que tive o prazer e o privilégio de jogar a minha primeira partida contra o senhor Fabio. O resultado, como esperado, foi uma lavada categórica muito difícil de ser esquecida. A minha maior lembrança desse jogo está relacionada a atitude e a forma como o Fabio conduziu a partida. Jogou sério, do primeiro até o último ponto, sempre fiel a sua tática de ataques próximos à mesa. Depois de muito treinamento e vários jogos (até mesmo no condomínio onde o Fabio morava ou mora) eu obtive a minha primeira vitória. Ainda precisei de vários anos até conseguir consistentemente ganhar os jogos contra ele. Assim como no primeiro jogo, a obediência tática, o respeito ao adversário e a forma limpa de jogar sempre estiveram presentes e que, para mim, se tornou a marca registrada deste grande atleta. Depois de mais de 20 anos afastado desse esporte, tive a enorme e feliz surpresa de saber que o Fabio ainda é um dos melhores atletas que temos em nossa cidade. Muito obrigado, Fábio! Aprendi muito com os nossos jogos e você teve um impacto bem grande na minha formação como atleta.

Para terminar, gostaria de deixar uma dica para os novos atletas. Jogar sério é a melhor maneira de demonstrar respeito ao seu adversário, não importa se o placar final ficar 11 x 0 a seu favor. Observem o Fabio Mendes e tenho certeza que vocês se tornarão melhores atletas, assim como aconteceu comigo.

Abraços,

Bruno Pôssas


Mário Leão – Eu conheci o Fábio no Clubinho, no início da década de 90, em 92 ou 93. Eu tinha 10 ou 11 anos.  O Clubinho era um ótimo empreendimento de iniciativa do Renato Belizário na Savassi. Mais à frente entraram alguns sócios-apoiadores, dentre eles o próprio Fábio. Na verdade eu já o tinha visto jogar antes, no Mineirinho. O Fábio era da primeira divisão da Federação Mineira, na época administrada pelo Noto. Quando entrei pela primeira e única vez no Mineirinho, o primeiro jogo à minha frente era o do Fábio Mendes contra o Bruno Possas. Meu irmão, o Welerson, atleta à época, não parava de tecer elogios a ele. “Aquele é o Fábio, e blá blá blá… blá blá blá… JOGA DEMAIS!”

Voltando ao Clubinho, foi lá que fui apresentado ao Fábio, e foi lá que tomei a real noção do quanto o Fábio era diferenciado. Quando cheguei lá, talvez na minha primeira vez, o Fábio estava na primeira mesa e meu irmão me disse que ele estava jogando de mão esquerda. Aí ele começou a explicar: “o Fábio joga com as duas mãos; primeiro ele joga de mão esquerda e se a pessoa conseguir ganhar, aí sim ele passa a jogar de mão direita.” Aquilo para mim foi impactante! Quer dizer que para ganhar dele os jogadores precisam vencer duas etapas?? (Pensei comigo.) E ali, minha difícil meta, era primeiro tentar vencer o Fábio de mão esquerda pra só depois pensar na mão direita. Dá pra imaginar? 

Bom, muito pouco tempo se passou e logo conheci o Fernando Lima, meu treinador. Começamos a treinar no Olympico Club, eu, Stefan, Davidson e Joãozinho. Depois que adquirimos um bom nível, certo dia o Fernando nos perguntou quem seria o melhor jogador veterano para jogar contra a gente antes das principais competições, as Copas Brasil e Campeonatos Brasileiros. Concluímos que o Fábio era o mais habilidoso, mais talentoso, mais versátil. Não me lembro dos resultados dos jogos, mas sofríamos com as suas batidas precisas.

Perdi inúmeras vezes para o Fábio até melhorar meu jogo. Certa vez, em um campeonato aberto realizado pelo Fernando no ginásio do Olympico, época em que o Fernando era presidente, eu estava jogando contra o Fábio. Não lembro qual a fase da competição, mas o importante era que era contra o Fábio. O Fernando acompanhando o jogo todo como técnico. Lembro-me como se fosse hoje. A disputa era em melhor de 3 sets de 21 pontos. Estava 1×1, 20 a 19 para mim e o saque na minha mão. Escutei o Fernando dizendo: “Prepare a jogada!” Eu fui para a mesa sacar para um ponto importantíssimo. Como sabia que o Fábio, mesmo quando a gente sacava curto, batia muito bem o saque de forehand e de backhand, eu decidi sacar curto e com efeito por baixo no meio. Tinha a certeza de que a bola voltaria e eu precisava me preparar bem para a próxima jogada. O saque foi muito bem executado, com muito efeito e bem atrás da rede, e o Fábio, INESPERADAMENTE, mandou a bola na rede. Eu fiquei sem reação. Não imaginava que um ponto como aquele ficaria na rede. Olhei para o Fernando, o Fernando muito alegre me abraçou e comemorou bastante. Foi a primeira vez que ganhei do Fábio. Esse ponto foi um marco, pois ganhar uma partida do Fábio era ter a certeza de estar em outro patamar. E foi a partir daí que comecei a ter algum destaque no tênis de mesa.

O Fábio contribuiu bastante para o meu desenvolvimento. Sempre é complicado jogar contra ele. Usa de muitas variações e de muita habilidade, exigindo muito da nossa concentração. É um atleta de referência e é muito admirado. Sua conduta é exemplar. Eu perdia para ele e ele, ao fim do jogo, me dava dicas de como eu devia jogar. Ou dizia que eu o havia deixado ganhar, dá pra entender? Quando eu ganhava, me dava os parabéns. É muita satisfação poder jogar com ele ainda hoje, após muitos anos. O jogo tem uma substância, um contexto, uma energia diferente em relação a outros jogos. E sempre, sempre, vai marcar a partida com seus belos lances.

Ah, e vou contar uma situação engraçada. Quando fui à casa do Fábio para pegar alguns materiais para complementar a entrevista, o Fábio me questionou sobre como ganhar de um adversário X, e sua esposa, ouvindo aquilo, disse: “vê se pode! Nessa idade ainda querendo ganhar!” Pronto, kkkk, caímos na gargalhada. E o Fábio responde: “Claro, eu sempre quero ganhar, hahahah…”.

Muito bom, Fábio!! Parabéns!! Obrigado pelos momentos!!

Fábio hoje, 09/08/2018, aos 81 anos. Foto: Mário Leão

Significado de ícone:

Um ícone é alguém que serve de exemplo, cuja conduta deve ser espelhada. Um ícone muitas vezes gera identificação com o público, como é o caso de artistas e esportistas, que são ícones do que fazem. Um ícone se diferencia de um ídolo devido à imagem de excelência que acompanha o ícone, e que não necessariamente vai acompanhar o ídolo. A diferença consiste no fato de que um ídolo não precisa ser um destaque no que faz, basta que as pessoas gostem dele. Já o ícone é um exemplo a ser seguido, ou seja, deve possuir excelência naquilo que faz.

Fonte: http://www.cuidar.com.br/icones

A história do tênis de mesa

A capacidade de adaptação e a criatividade foram fatores fundamentais para a criação do tênis de mesa. Como o irmão mais famoso depende de boas condições climáticas para ser praticado, um dia de chuva acabou resultando nos primeiros pequenos passos do tênis de mesa. Por volta de 1880, jogadores de um clube inglês improvisaram um novo jogo por causa do mau tempo. Sobre uma mesa de sinuca, com livros como raquetes, um barbante como rede e uma bola de tênis normal, surgiram as primeiras raquetadas do tênis de mesa.

As primeiras lembranças registradas do tênis de mesa revelam um jogo rude iniciado por estudantes universitários com livros dispostos no lugar da rede e por militares que o praticavam com equipamentos improvisados no país e no exterior. A primeira menção de um catálogo de produtos esportivos é de F. H. Ayres, em 1884.

Inicialmente, não havia padrões. De madeira, papelão ou tripa de animal, as raquetes podiam ser cobertas algumas vezes por cortiça, lixa ou tecido; as bolas eram de cortiça ou borracha, enquanto as redes tinham diferentes alturas, algumas vezes consistindo em apenas um simples fio. As mesas eram de diferentes tamanhos e as partidas poderiam ter dez ou cem pontos. Os saques podiam ter um “quique” inicial na metade da mesa do sacador, igual ao sistema atual, ou diretamente na outra metade de encontro a um espaço limitado ou não. Em qualquer caso, o que era virtualmente o mesmo tipo de jogo, tinha muitos nomes.

Encarado como brincadeira no começo, o desenvolvimento da modalidade começou com regras bem similares às do tênis de quadra. O grande passo dado pelo esporte veio em 1890, com a introdução da bola de celulóide, perfeita para a prática do esporte. A partir dali, o tênis de mesa começou a dar passos mais largos rumo à modernização.

No século XIX, o ex-corredor de maratonas inglês James Gibb voltou de uma viagem de negócios dos Estados Unidos com bolas de celuloide de brinquedo, que ele imaginou poderem ser úteis para esse jogo em seu país. Ouvindo-as serem golpeadas por uma raquete oca, de cabo longo e feita de pele de carneiro, então popular, associou os sons produzidos pela bola na raquete com as palavras ping e pong, que deram origem ao nome do jogo. Ele submeteu o nome ao amigo-vizinho John Jaques, fabricante de produtos de esporte de Groydon, que o registrou através do mundo. Os direitos para os Estados Unidos foram mais tarde vendidos de Jaques para Parker Bros – e, ajudado por esse feliz coloquialismo, o jogo passou a ser uma mania elegante na virada do século.

J.O. Waldner – ex-atleta sueco no início da carreira. Considerado o maior e mais influente jogador de todos os tempos.

Em 1900, o esporte chegou à China, introduzido por ocidentais. Um marco importantíssimo, já que atualmente a China é a grande potência da modalidade. Ainda assim, foi na Europa que surgiu a Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF, em inglês), em 1926. A federação instituiu regras mais claras e realizou já naquele ano o primeiro Mundial. Nas décadas seguintes, a competição foi dominada pelos europeus, mas a história mudaria.

Tão rápido quanto cresceu, o esporte morreu e permaneceu quiescente na Grã-Bretanha por 18 anos. O colapso pode ser atribuído a várias causas: o grande número de sistemas de jogos rivais e supostos organizadores (nada menos do que 14 livros de instruções foram registrados no catálogo da biblioteca do Museu Britânico neste curto período), uma certa monotonia do jogo quando praticado com equipamento inadequado e a invenção, em 1902, da borracha com pinos para a superfície da raquete, possibilitando tão grande efeito e velocidade que criou imediatamente um enorme abismo entre os experts e os principiantes.

Um progresso maior ocorreu na Europa Central. De 1905 a 1910, o jogo foi introduzido em Viena e Budapeste pelo representante de máquinas de escrever e futebolista amador Edward Shires. Mesmo anteriormente – por volta de 1889 -, implementos para jogar o tênis de mesa chegaram ao Japão, vindos da Grã-Bretanha, o que resultou numa peculiar distribuição que durou na China, na Coreia e em Hong Kong até o final de 1920. Esses transplantes vieram a produzir sementes importantes em etapas posteriores da história.

O renascimento da modalidade foi iniciado na Inglaterra e, em seguida, no País de Gales. Em 1922, após a I Guerra Mundial, J. J. Payne de Luton, um organizador dos velhos tempos, e Percival Bronfield de Beckenham, campeão nacional inglês adolescente em 1904, seguidos por A. J. Carris, de Manchester, e por outros, formaram uma Associação de Ping Pong. No entanto, encontrando-se legalmente impedidos por uma carta registrada, dissolveram-se e se reorganizaram no mesmo dia sob o velho nome do jogo. Eles redigiram cuidadosamente as regras do jogo, com intuito de receber sua aceitação nacional por todos os adeptos, e estimularam a criação e a venda de equipamentos de alto padrão. O sistema de duplas escolhido foi o que era praticado em outras épocas em Manchester. Quatro anos mais tarde, as regras tiveram penetração e foram de boa vontade aceitas no exterior. O código então se tornou base das regras internacionais, e o nome “Tênis de Mesa” foi oficializado com a fundação da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), em 1926. As modificações do jogo adotadas desde então foram as seguintes:

  • A altura da rede baixou de 6,3 para 6 polegadas;
  • A proibição do uso da mão livre para criar efeito no saque (uma invenção dos Estados Unidos nos anos 30);
  • A padronização parcial da raquete: a regra atual estabelece uma lâmina simples de madeira, ou coberta diretamente por uma borracha com pinos ou por sanduíche (uma camada de borracha e outra de esponja por baixo dessa cobertura);
  • O número de pontos em cada set passou de 21 para 11;
  • Os jogos eram disputados em melhor de três, cinco ou sete sets. Hoje, podem acontecer em melhor de qualquer número ímpar;
  • A bola agora tem 40mm e 2,7g; antes, tinha 38mm e 2,5g.

Com base nessas regras, no diminuto espaço e tempo requeridos, em comparação com muitos outros esportes, o tênis de mesa tornou-se um esporte de massa, com 207 associações filiadas à ITTF, muitas delas com centenas de milhares de jogadores filiados.

A introdução do uso de borracha na raquete, em 1960, por um japonês, possibilitou aos jogadores bater com mais velocidade e spin. Essa tecnologia alterou de maneira fundamental a parte técnica da modalidade. Com o avanço, veio também o crescimento avassalador dos orientais no esporte. Nos 5 anos seguintes os japoneses foram os principais campeões mundiais, passando depois o título para os chineses. Do fim da década de 1980 e até ao início da década de 1990 os europeus predominaram, especialmente os suecos, que quebraram a hegemonia de dominação chinesa no esporte.

O tênis de mesa é o esporte mais popular na China, que possui cerca de 10 milhões de praticantes federados. A nível mundial, estima-se que haja 300 milhões de praticantes ocasionais. Já os federados são cerca de 40 milhões, distribuídos entre 186 federações filiadas à ITTF.

O reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional veio em 1977. Quatro anos mais tarde, o tênis de mesa foi aceito no programa das Olimpíadas. A estreia ocorreu em 1988, em Seul. Das 12 medalhas distribuídas naquela edição, nove ficaram com atletas asiáticos. A China dominou a disputa entre as mulheres, levando ouro, prata e bronze. No masculino, a Coreia do Sul, jogando em casa, ficou com ouro e prata, enquanto o sueco Erik Lindh faturou o bronze. Nas duplas, a China foi ouro, Iugoslávia prata e Coreia bronze entre os homens. Já entre as mulheres, as coreanas conquistaram a medalha de ouro. A China terminou com a prata e a Iugoslávia com o bronze.

 


BOLAS – ALTERAÇÃO DO MATERIAL CELULOIDE PARA PLÁSTICO

 

Em 2014 a ITTF mais uma vez modificou as bolas, passando da matéria prima celuloide para a de material plástico. A alteração anterior havia sido em outubro de 2001 quanto ao tamanho da bola de celuloide, que era 38mm, passando para 40mm. A nova bola de plástico foi usada pela primeira vez oficialmente em 01 de julho de 2014 em um evento denominado Belarus Open.

A razão por trás da mudança para a bola de plástico é dupla. Inicialmente, o motivo dado foi que a matéria-prima celuloide seria cada vez mais difícil e cara para obter, devido a perigos na produção e aumento das restrições regulamentares. No entanto, o presidente da ITTF Adham Sharara revelou em uma entrevista em fevereiro 2014 que outro objetivo era retardar o jogo:

“Do ponto de vista tecnológico, vamos reduzir a velocidade. Estamos mudando as bolas de celuloide para as de plástico a fim de obter menos giro e maior salto. Queremos desacelerar o jogo um pouco. Ela vai entrar em vigor a partir de 1 de Julho, que, eu acho, vai ser uma mudança muito grande no esporte. Além da mudança de material, o diâmetro da bola está mudando ligeiramente. Bolas de celuloide eram obrigados a estar entre 39,50 e 40,50 milímetros, e as novas bolas de plástico precisam ser entre 40,00 e 40,60 milímetros.”

 

 


A HISTÓRIA DA MUDANÇA DAS BOLAS DE TÊNIS DE MESA

 

Desde o seu início, o tênis de mesa evoluiu em muitas fases diferentes, ajudando-o a se tornar o esporte que é hoje. Embora alterações como mudanças de regras e desenvolvimento de equipamentos tenham oferecido melhorias, algumas também foram obstáculos no caminho para o desenvolvimento do esporte. Não muito tempo atrás, outro grande passo foi dado.

A recente temporada de tênis de mesa 2014-2015 trouxe uma nova mudança radical ao esporte: bolas de plástico começaram a substituir as bolas de celulóide nos eventos mais importantes sob a tutela da ITTF – incluindo os Campeonatos Mundiais, Torneios de Turnês Mundiais e outras grandes competições. A mudança progrediu de maneira a eliminar gradualmente as antigas bolas de celuloide, mantendo-as em uso paralelo com bolas de plástico por um certo período antes de desaparecer completamente.

Surpreendentemente, a introdução de bolas de plástico não exigiu nenhuma mudança de regras, já que as regras não especificam de que material a bola deve ser feita; apenas o peso, diâmetro e ressalto são especificados.

Essa mudança no material pode ser entendida em um contexto melhor se observarmos sua evolução ao longo do tempo. A primeira bola de celuloide foi introduzida na Inglaterra em 1900, numa época em que o tênis de mesa era tradicionalmente mais um jogo de salão do que um esporte, usando bolas feitas de cortiça ou outros materiais.

Assim, em 1900, a bola de celuloide de 38 mm tornou-se o novo padrão e permaneceu assim até o ano 2000, quando foi substituída por uma bola maior de 40 mm.

Mesmo antes dessa data, no entanto, uma bola de plástico produzida pela empresa Barna Dunlop foi usada por um curto período de tempo na década de 1980, mesmo fazendo uma aparição em alguns grandes eventos internacionais. Mas a maioria dos jogadores acabou rejeitando essas bolas de plástico como não jogáveis, porque eram tão duras quanto pedras, e até então, nenhuma tentativa adicional foi feita para melhorar esse tipo de bola.

Enquanto isso, a celuloide estava rapidamente se tornando um material obsoleto, substituído pelo plástico para todos os seus propósitos, exceto pela produção de bolas de tênis de mesa. Normas rigorosas de segurança para a produção de celuloide na Europa tornaram sua produção cara e a demanda pelo material diminuiu drasticamente a ponto de não haver mais produção de celuloide na Europa.

Neste ponto, apenas duas fábricas no mundo produziam celuloide, ambas localizadas na China. Essas fábricas produziam o material apenas para bolas de tênis de mesa, e a Europa fechou completamente todas as suas fábricas de bolas de celuloide, já que a produção ficou muito cara.

Além disso, a celuloide é um material extremamente inflamável, tornando difícil e bastante caro transportar e armazenar as bolas. O desenvolvimento de materiais plásticos e seu amplo uso na vida cotidiana tornou bastante natural a troca de um material tão obsoleto como a celuloide para os plásticos contemporâneos.

Alguns anos atrás, a China começou a investigar como produzir bolas de plástico, uma iniciativa que veio do Comitê de Equipamentos da ITTF. Em cooperação com a ITTF, uma das fábricas de bolas chinesas começou a produzir suas primeiras amostras de bolas de plástico. Isso provou ser uma grande inovação, já que essas novas bolas foram produzidas em uma única peça, ao contrário das bolas de celuloide que têm uma costura no meio onde os dois hemisférios se conectam.

A produção de esferas de plástico da China exigiu tecnologia e maquinaria totalmente novas. Um problema surgiu imediatamente: como essas esferas de plástico não têm costura, os procedimentos e equipamentos de teste existentes não foram capazes de medir com precisão se a bola é adequada às exigências de aprovação da ITTF. Não foi necessário alterar as regras do esporte por causa da mudança de material, mas tornou-se necessário desenvolver novos dispositivos de medição. Como resultado, as novas bolas de plástico não foram imediatamente aprovadas pela ITTF.

Nesse meio tempo, duas outras fábricas chinesas começaram a produzir bolas de plástico da maneira tradicional com uma costura, enquanto uma produzia sem costura.

A partir do momento em que as bolas de plástico foram introduzidas, todos os eventos da ITTF de 2014 a 2015 foram obrigados a usar o novo material. Era lógico que os eventos continentais e a maioria dos eventos nacionais seguissem imediatamente, já que a celuloide permanecia em uso apenas nas categorias inferiores e nos jogos de passatempo.

Bolas de plástico produzem um som diferente das bolas de celuloide, mas a diferença mais importante entre as duas é a superfície mais dura do plástico, o que torna impossível colocar tanto giro na bola quanto nas de celuloide.

Além disso, a durabilidade e a qualidade das bolas de plástico eram inicialmente muito precárias. Esperava-se que as bolas sem costura produzissem uma alta qualidade homogênea na linha de produção, mas esse não era o caso – as bolas ainda precisavam ser divididas após a produção em quatro categorias, das bolas de melhor qualidade para competições, até as bolas de menor qualidade para praticar. Diferenças inesperadas na qualidade da produção foram um resultado decepcionante da nova produção de esferas de plástico.

Recentemente, as fábricas mudaram o plástico original usado para a produção das bolas com um novo tipo de plástico que deveria resolver esses problemas existentes, além de tornar as bolas menos caras.


AS MUDANÇAS NO JOGO DE TÊNIS DE MESA COM A NOVA BOLA DE PLÁSTICO

 

O fato é que as bolas de plástico mudaram significativamente o jogo, evoluindo para ser jogado com menos giro e maior velocidade. Inicialmente a ideia era baixar a velocidade do jogo, mas adaptações foram feitas com as novas tecnologias de borrachas que passaram a ser mais tensionadas, produzindo maior impacto, e com o aumento na produção de madeiras de fibra dura, que também possibilitam maior impacto.

A introdução de bolas de plástico para o tênis de mesa definitivamente mudou o jogo de forma considerável. Em um rally, uma bola de plástico salta mais alto que uma bola de celuloide e é mais difícil para o jogador produzir spin do que com uma bola de celuloide.

Tomokazu Harimoto – Fotografia: Jan Brychta

As bolas de plástico, como são hoje, são uma vantagem para os jogadores que jogam um jogo de ataque rápido. Esses jogadores estão acertando a bola o mais rápido possível e nos pontos mais altos de sua trajetória. O campeão europeu de Budapeste 2017 Lebesson (França) é um jogador que lucrou com essas características de bolas de plástico. Ele ganhou uma medalha de ouro com seu estilo de ataque, pois a bola de plástico lhe permitiu usar golpes rápidos e duros sem muita rotação.

Outro exemplo de um jogador que usou este novo material a seu favor é o novo astro japonês Tomokazu Harimoto, que no Campeonato Mundial de 2017 chegou às quartas com apenas 14 anos de idade e que agora venceu o Aberto do Japão, derrotando as estrelas da China por duas vezes (Ma Long e Zan Jike). Ele lucrou bastante com a bola de plástico, usando seus golpes rápidos, acertando a bola imediatamente após o ressalto na mesa.

Mas nem todos se beneficiam das novas bolas de plástico e das mudanças que trazem à jogabilidade. Os jogadores defensivos com defesas de backspin, os famosos jogadores do estilo kato, estão ainda mais encrencados do que antes. Além disso, os jogadores de alto nível que jogam com ataques a meia distância também têm dificuldades com a nova bola. A bola chega até eles mais rápida (a bola é mais densa, borrachas mais tensionadas e madeiras mais rápidas), consequentemente eles têm menos tempo para reagir e não conseguem produzir tanto giro quanto antes.

No geral, as mudanças trazidas ao jogo foram significativas e fizeram com que os jogadores alterassem suas estratégias e técnicas para acompanhar. O tênis de mesa se tornou mais rápido e os movimentos precisaram ficar mais curtos do que antes.


A MUDANÇA NA REGRA DE CONTAGEM DE PONTOS,  DE NÚMERO DE SETS E DA FORMA DE SACAR

 

A ITTF (Federação Internacional de Tênis de Mesa) havia anunciado, em 26 de abril de 2001, novas regras para o esporte. As alterações deram continuidade ao processo iniciado em outubro de 2000 com o aumento da bolinha de 38 mm para 40 mm, que tinha como objetivo tornar o tênis de mesa mais atraente para o público da televisão, já que diminuiria a velocidade do jogo. 

O que mudou?

A contagem de pontos diminuiu de 21 para 11 por set. Os jogos que eram disputados em cinco sets, passaram a ter sete ou nove, de acordo com o critério da organização de cada evento. Além disso, os saques foram alternados a cada dois pontos. Antes, o saque mudava de jogador a cada cinco pontos. Com isso os jogadores passaram a dar maior importância a cada ponto, fazendo com que as disputas ficassem mais dinâmicas e o nível dos atletas subisse.

Em setembro de 2002, a entidade impediu que os jogadores atrapalhassem a visão do adversário na hora do saque. Muitos atletas colocavam o corpo ou o braço na frente da bolinha para dificultar a recepção do rival, evitando que ele percebesse o efeito colocado no saque. 


O INÍCIO E O FIM DO USO DAS COLAS RÁPIDAS

 

Para você que não sabia, os mesa-tenistas de elite faziam uso, há muito tempo, de colas para turbinar o poder (velocidade) e precisão (efeito) de seus golpes, mas os responsáveis pelas regras do esporte temiam que eles estivessem arriscando a saúde ao inalar gases tóxicos.

Fora dos ambientes internos das competições, era montada uma barraca ou algum espaço onde os jogadores se aventuravam antes dos jogos para preparar suas raquetes, colando as borrachas para revestir a lâmina de madeira. Esse era um ritual constante também antes dos treinos.

Um jogador profissional japonês chegou a desmaiar em 2007, um ano antes dos jogos olímpicos de Pequim, enquanto passava cola em sua raquete, entrando em coma por seis dias. Apesar de não existir uma prova conclusiva de que o incidente tenha sido causado pela cola, o caso soou o alarme para a Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF).

A entidade então proibiu o uso de colas contendo componentes orgânicos voláteis, ordenando a troca por produtos que usassem a água como solvente. Os Jogos de Pequim em 2008 foram os últimos em que os atletas ficaram expostos às substâncias químicas potencialmente perigosas.

Por trás da enigmática mudança, aparentemente tendo como única preocupação a saúde dos jogadores, um debate foi intensificado no mundo do tênis de mesa. O gás produzido pelas colas de secagem rápida penetra na borracha que recobre as raquetes e ajuda a catapultar rebatidas pelos jogadores. Críticos rebatiam dizendo que a proibição da cola era uma tentativa velada de deixar mais lento o esporte, que é muito veloz.

A ITTF tinha decidido banir a cola em 2004, mas desistiu da implementação da regra depois que jogadores e fabricantes de equipamentos clamaram por tempo para se adaptarem. A partir de setembro de 2008, foi introduzido um tipo de antidoping para as raquetes, um equipamento que detecta se a cola ilegal está presente na borracha de revestimento.

 

Saiba quando surgiu a cola no tênis de mesa, até o banimento das colas rápidas em 2008.

Até 1960 – No início a borracha vinha colada à raquete;

Década 60 – As borrachas eram feitas separadas e eram coladas à raquete com “cola de sapateiro” e outras como as populares colas Michelin para câmara de pneus (até cola branca);

Década 70 – Começaram a usar colas vulcanizadas e quanto maior a quantidade maior a velocidade e impacto. Porém havia um efeito secundário, que era o fato de estragar a borracha, pois ficava excesso de resíduo na borracha e na madeira e era muito difícil descolar a borracha da madeira.

Década 80 – Surgiu a cola rápida, com a introdução dos solventes clorados (Tricloroetileno), aromáticos (Toluol, Benzeno) e cíclicos (Cicloheptano e Ciclohexano) e os grupos dos ésteres, dos álcoois e dos cetônicos (acetona e grupos).  A finalidade era dilatar a esponja, com isto aumentar a velocidade e o impacto da jogada. Isto criava maior tensão, como um elástico esticado. Tinha que ser aplicada de 30 a 60 minutos de antecedência e durava em média 6 horas, já que a espessura da borracha e da esponja têm medidas máximas permitidas na regra do tênis de mesa.

REDUCOLA, um tipo de solvente de cola. O Toluol era outro solvente muito utilizado em Minas Gerais, porém ainda mais agressivo à saúde.

Década 90 – Foram retirados os solventes que eram cancerígenos. Ficaram os outros solventes, no entanto não podiam ultrapassar a quantidade de 250 ppm. Foram iniciados os testes em eventos de todo o mundo e atletas desclassificados quando excediam a quantidade estipulada. Acrescentaram substâncias aromáticas para diminuir o forte cheiro da cola, algumas pareciam com o cheiro de goma de mascar (os ésteres).  Algumas colas foram aperfeiçoadas para aumentar o tempo de duração da elasticidade em até 12 horas.

 

Ano 2000 em diante – Diversas inovações surgiram no mercado para tentar substituir a cola rápida e a sua toxicidade, como por exemplo: borrachas com esponjas já dilatadas (tensionadas), borrachas com adesivos, raquetes com madeiras mais velozes e potentes, além de colas à base de água (cola clean).

2007 – A Federação Internacional, em reunião com a sua diretoria, tirou a aprovação de todas as colas rápidas, além de decidir não aprovar mais nenhuma. Deixou por conta dos atletas a responsabilidade por usar ou não as colas rápidas, sendo que nos casos de menores de 18 anos ficou obrigada a autorização dos pais. Os testes de raquetes continuaram a ser feitos para detectar os solventes voláteis acima do permitido.  

2008 – No dia 1 de janeiro ficou proibido o uso de colas voláteis (VOC). Somente colas à base de água, com a introdução de um novo equipamento chamado ENEZ que detecta qualquer solvente volátil, passaram a valer. E no dia 1 de setembro de 2008 a regra ficou estabelecida para todos os mesa-tenistas do mundo. Borrachas tensionadas mais modernas começaram a surgir no mercado e houve um aumento na produção e venda de madeiras de fibra dura na tentativa de compensar a ausência dos efeitos dessas colas.


PRINCIPAIS ATLETAS BRASILEIROS

 

  • Dagoberto Midosi

Atleta com mais idade a defender a Seleção Brasileira. Responsável pela participação do Brasil em diversos mundiais, foi campeão de veteranos em 1959.

 

  • Biriba

Durante o Mundial de 1961, em Pequim, derrotou o então campeão Rong Guotan, em sua casa, provocando aquela que, até hoje, é considerada uma das maiores surpresas na história da competição. Naquela mesma edição, Biriba conquistou o melhor resultado individual da história do Brasil em um Mundial de tênis de mesa. Aos 15 anos, chegou às oitavas de final, feito que só foi repetido por Claudio Kano em 1987, na competição realizada em Nova Délhi, na Índia.

 

  • Claudio Kano

Foi o mesa-tenista brasileiro com os melhores resultados a nível mundial. Ficou em sexto lugar nas Copas do Mundo de 1987 e 1989. Claudio faleceu após um acidente de moto em 1996, pouco antes de embarcar para as Olimpíadas de Atlanta.

 

  • Hugo Hoyama

Atrás apenas do nadador Thiago Pereira,  é o segundo brasileiro com maior número de medalhas de ouro nos Jogos Pan Americanos. Hugo possui 10 medalhas de ouro. Atualmente, no tênis de mesa é possível conquistar no máximo duas medalhas por olimpíada. Até 1999 era possível vencer até 4 medalhas na mesma competição.

 

  • Hugo Calderano

O carioca é o maior destaque brasileiro a nível mundial. Hugo é o 6º do ranking, sendo essa a  melhor posição na carreira de um latino-americano.


O TÊNIS DE MESA NO BRASIL COM HUGO CALDERANO

 

Hugo é o brasileiro mais expressivo na história do tênis de mesa por seu maior feito até então: chegar na 6ª posição do ranking mundial. Sua extraordinária evolução técnica aliada ao seu talento deram uma projeção nacional e internacional ao tênis de mesa do Brasil de forma nunca antes vista. Nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 1996 e começou a praticar o tênis de mesa aos 8 anos. Com um estilo misto que inclui o europeu e o chinês de jogar, somam-se seus ótimos golpes e em alta velocidade.

Hugo Calderano

Principais conquistas/títulos do Hugo:

2019

  • Campeão da Copa Pan-Americana

2018

  • Medalha de bronze individual no ITTF World Tour Grand Finals
  • Campeão brasileiro adulto
  • Campeão da Copa Pan-Americana
  • Medalha de prata individual no Aberto do Qatar
  • Medalha de bronze individual no Aberto da Hungria

2017

  • Medalha de bronze individual e de duplas no Aberto da República Tcheca
  • Campeão individual do Campeonato Pan-Americano
  • Campeão individual e de duplas do Aberto do Brasil
  • Medalha de prata no torneio de duplas do Aberto da Hungria

2016

  • Campeão do torneio de duplas do Aberto da Suécia
  • Medalha de prata individual do Aberto da Áustria
  • Nono colocado no torneio individual dos Jogos Olímpicos Rio 2016
  • Campeão da Copa Latino-Americana, na Guatemala
  • Campeão sub-21 do Aberto do Kuwait
  • Campeão Latino-Americano Individual e equipes

 


TÊNIS DE MESA EM MINAS GERAIS

 

Pessoas que deram grandes contribuições para o tênis de mesa mineiro:

 

  • FÁBIO MENDES – Fábio se destaca pela longevidade com alta qualidade, pela esportividade e por se tornar referência e inspiração para várias gerações.

 

  • YADOYA – Construiu o maior ginásio particular de tênis de mesa da América Latina na década de 90, atualmente desativado.

 

  • FERNANDO LIMA – Mestre em Ciências do Esporte com tese em tênis de mesa, formou longas gerações de atletas de grande repercussão estadual e nacional.

 

  • CARLO MICHEL (Carluxo) – Atleta paralímpico de grande destaque estadual, nacional e internacional. Foi 9 vezes medalhista de ouro em pan-americanos, o quarto do ranking mundial e disputou 3 olimpíadas e 3 mundiais.

 

  • JOSÉ DIAS – Técnico mineiro de UBÁ com o trabalho social de maior destaque que já existiu em Minas Gerais.

 

  • CARLOS RENATO E FERNANDO AKIRA – Dirigentes da TMMINAS que mantém o tênis de mesa da capital mineira em constante atividade, mesmo quando a Federação Mineira esteve inoperante antes da gestão de 2018.

 

  • RENATO BELIZÁRIO – Atual gestor da Federação Mineira de Tênis de Mesa Olímpico e Paralímpico. Renovou o tênis de mesa mineiro, trazendo um trabalho de grande abrangência para a modalidade.

RANKING MUNDIAL MARÇO DE 2019 – TÊNIS DE MESA MASCULINO

 

 

 

Fan Zhendong (Photo: Deng Xiaozhao)
Fan Zhendong (Photo: Deng Xiaozhao)


RANKING MUNDIAL MARÇO DE 2019 – TÊNIS DE MESA FEMININO

 

 

 

Mário Leão tênis de mesa belo horizonte aulas
Ding Ning (CHN) – Foto butterflyonline.com


ALGUMAS CURIOSIDADES DO TÊNIS DE MESA

 

O tênis de mesa é o esporte de raquete onde a bola atinge a maior velocidade e onde se produz mais efeito na bola.

Mao Tse Tung

A rede era tão alta no início do esporte que no campeonato mundial de 1936, em Praga, apenas um ponto entre dois jogadores durou mais de uma hora. Após esse episódio as regras de altura da rede foram alteradas, abaixando-a com o objetivo de aumentar a velocidade do jogo.

A popularidade do tênis de mesa na China se deve à massificação promovida pelo líder comunista Mao Tse-Tung que adaptou o esporte a espaços reduzidos, ideal para o país mais populoso do mundo.

Em 1971 o time de tênis de mesa dos Estados Unidos foi convidado, com todas as despesas de viagem pagas, para jogar na China. Estes atletas foram os primeiros americanos a entrar na China desde 1949, quando o comunismo tomou conta do país.

 


REGRAS DO TÊNIS DE MESA

 

Tênis de mesa e pingue-pongue têm regras semelhantes, sendo que o primeiro constitui-se em algo organizado e mais competitivo, enquanto o segundo é o esporte mais descontraído. É a brincadeira, o lazer.

 

A MESA

Tem 2,74m de comprimento, 1,525m de largura e 76cm de altura. Pode ser feita de qualquer material, na cor escura e fosca, produzindo um pique uniforme de bola padrão oficial (aprovada pela ITTF), e tendo uma linha branca de 2cm de largura em toda a sua volta. Para os jogos de duplas, ela é dividida em duas partes iguais por uma linha branca de 3mm de largura, no sentido do comprimento.

 

A REDE

A rede estende-se por 15,25cm além das bordas laterais da mesa e tem 15,25cm de altura, devendo ser de cor escura e possuir a sua parte superior branca e as malhas maiores do que 7,5mm quadrados até no máximo 12mm quadrados.

 

A BOLA

Deve ser feita de plástico, nas cores branca ou laranja e fosca, pesar 2,7g e ter diâmetro de 40mm.

 

A RAQUETE

A raquete pode ser de qualquer tamanho, forma ou peso e constituída de madeira natural em 85% do material.

O lado usado para bater na bola deve ser coberto com borracha com pinos para fora tendo uma espessura máxima de 2mm, ou por uma borracha “sanduíche” com pinos para fora ou para dentro, tendo uma espessura máxima de 4mm.

O lado não usado para bater na bola deve ser manchado de cor diferente da borracha e só deve ser vermelho vivo ou preto.

A raquete tem que ter duas cores diferentes, para ser usada, e essas cores só podem ser preto e vermelho vivo. Não é permitido jogar com o lado de madeira.

 

A PARTIDA

1. Constitui-se de sets de 11 pontos. Pode ser jogada em qualquer número de sets ímpares (um, três, cinco, sete, nove etc). No caso de empate em dez pontos, o vencedor será o que fizer dois pontos consecutivos primeiro. 2. O atleta que atua o primeiro set num lado é obrigado a atuar no lado contrário no set seguinte.

3. Na partida quando houver “negra” – 1 a 1, 2 a 2 ou 3 a 3 –, os atletas devem mudar de lado logo que um deles consiga cinco pontos.

 

O SAQUE

1. A bola deve ser lançada para cima (16cm no mínimo), da palma da mão livre na vertical e, na descida, deve ser batida de forma que ela toque primeiro no campo do sacador, passe sobre a rede sem tocá-la e toque no campo do recebedor.

2. O saque deve ser dado atrás da linha de fundo ou numa extensão imaginária desta.

3. Cada atleta tem direito a dois saques, mudando sempre quando a soma dos pontos seja dois ou seus múltiplos.

4. Com o placar 10/10, a sequência de sacar e receber devem ser a mesma, mas cada atleta deve produzir somente um saque até o fim do set.

5. O direito de sacar ou receber primeiro ou escolher o lado deve ser decidido por sorteio (ficha de duas cores), sendo que o atleta que começou a sacar no primeiro set começará recebendo no segundo set e assim sucessivamente.

6. O sacador deverá sacar de forma que o adversário possa ver a bola desde o momento em que ela sai da mão até ser batida com raquete.

 

UMA OBSTRUÇÃO (NÃO VALE PONTO)

A partida deve ser interrompida quando:

1. O saque “queimar” a rede.

2. O adversário não estiver preparado para receber o saque (e desde que não tenha tentado rebater a bola).

3. Houver um erro na ordem do saque, recebimento ou lado.

4. As condições de jogo forem perturbadas (barulho, por exemplo).

 

UM PONTO

Um atleta perde um ponto quando:

1. Errar o saque.

2. Errar a resposta.

3. Tocar na bola duas vezes consecutivas.

4. A bola tocar em seu campo duas vezes consecutivas.

5. Bater com o lado de madeira da raquete.

6. Movimentar a mesa de jogo.

7. Ele ou a raquete tocar a rede ou seus suportes.

8. Sua mão livre (que não está segurando a raquete) tocar a superfície da mesa, durante a sequência.

 

CORREÇÃO DA ORDEM DE SACAR, RECEBER OU LADO

Se um atleta der um ou mais saques além dos dois de direito, a ordem será restabelecida assim que for notado, tendo o adversário que completar o múltiplo de dois. A contagem será aquela mesma de quando a sequência foi interrompida.

Se, no último set possível, os atletas não trocarem de lado quando deveriam fazê-lo, devem trocar, imediatamente, assim que se perceba o erro. A contagem será aquela mesma de quando a sequência foi interrompida.

Em hipótese alguma haverá volta de pontos. Todos os pontos contados antes da descoberta do erro deverão ser confirmados.

 

JOGOS DE DUPLAS

Valem as mesmas regras, sendo que:

1. O saque tem que ser feito do lado direito do sacador para o lado direito do recebedor.

2. Cada atleta só pode bater uma só vez na bola.

3. A ordem do saque é estabelecida no início do jogo e a sequência será natural:

  • Atleta A saca para o X
  • Atleta X saca para o B
  • Atleta B saca para o Y
  • Atleta Y saca para o A que, saca para o X e assim, sucessivamente, cada atleta vai dando dois saques.
  • No empate 10/10, cada um só dá 1 saque por vez. 4. Se a bola do saque tocar a rede (queimar), e cair no lado esquerdo do recebedor – além da linha central -, o sacador deverá perder o ponto.

 

VESTIMENTA

Camisa, shorts e saias podem ser de qualquer cor ou cores exceto que, quando uma bola branca está em uso, somente gola e as mangas da camisa podem ser brancas, e, quando uma bola laranja está em uso, somente aquelas partes podem ser de cor laranja.

 

SISTEMAS DE JOGOS

Existem três sistemas de jogos para a disputa de equipes: Corbillon (igual ao usado nas disputas da Taça Davis de tênis de campo), Swaythling e Swaythling Modificado.

Para as competições individuais os sistemas mais usados são: Grupos e Eliminatória Simples (melhor de cinco sets e melhor de sete sets).


RESULTADOS DOS JOGOS OLÍMPICOS

 

JOGOS OLÍMPICOS SEUL – COREIA DO SUL – 1988

 

 

JOGOS OLÍMPICOS BARCELONA – ESPANHA – 1992

 

 

 JOGOS OLÍMPICOS ATLANTA – ESTADOS UNIDOS – 1996

 

 

JOGOS OLÍMPICOS SYDNEY – AUSTRÁLIA – 2000

 

 

JOGOS OLÍMPICOS ATENAS – GRÉCIA – 2004

 

 

JOGOS OLÍMPICOS PEQUIM – CHINA – 2008

 

 

JOGOS OLÍMPICOS LONDRES – INGLATERRA – 2012

 

 

JOGOS OLÍMPICOS RIO DE JANEIRO – BRASIL – 2016

 

 

RANKING DE MEDALHAS POR PAÍSES EM OLIMPÍADAS – GERAL

 

 


RESULTADOS DOS CAMPEONATOS MUNDIAIS

 

I CAMPEONATO MUNDIAL LONDRES – INGLATERRA – 1926

 

 

II CAMPEONATO MUNDIAL ESTOCOLMO – SUÉCIA – 1928

                 

 

III CAMPEONATO MUNDIAL BUDAPESTE – HUNGRIA – 1929

 

 

IV CAMPEONATO MUNDIAL BERLIM – ALEMANHA – 1930

 

 

V CAMPEONATO MUNDIAL BUDAPESTE – HUNGRIA – 1931

 

 

VI CAMPEONATO MUNDIAL PRAGA – TCHECOSLOVÁQUIA – 1932

 

 

VII CAMPEONATO MUNDIAL BADEN – ÁUSTRIA – 1933

 

 

VIII CAMPEONATO MUNDIAL PARIS – FRANÇA – 1933

 

 

IX CAMPEONATO MUNDIAL WEMBLEY – INGLATERRA – 1935

 

 

X CAMPEONATO MUNDIAL PRAGA – TCHECOSLOVÁQUIA – 1936

 

 

XI CAMPEONATO MUNDIAL BADEN – ÁUSTRIA – 1937

 

 

XII CAMPEONATO MUNDIAL LONDRES – INGLATERRA – 1938

 

 

XIII CAMPEONATO MUNDIAL CAIRO – EGITO – 1939

 

 

XIV CAMPEONATO MUNDIAL PARIS – FRANÇA – 1947

 

 

XV CAMPEONATO MUNDIAL LONDRES – INGLATERRA – 1948

 

 

XVI CAMPEONATO MUNDIAL ESTOCOLMO – SUÉCIA – 1949

 

 

XVII CAMPEONATO MUNDIAL BUDAPESTE – HUNGRIA – 1950

 

 

XVIII CAMPEONATO MUNDIAL VIENA – ÁUSTRIA – 1951

 

 

XIX CAMPEONATO MUNDIAL BOMBAIM – ÍNDIA – 1952

 

 

XX CAMPEONATO MUNDIAL BUCARESTE – ROMÊNIA – 1953

 

 

XXI CAMPEONATO MUNDIAL LONDRES – INGLATERRA – 1954

 

 

XXII CAMPEONATO MUNDIAL UTRECHT – HOLANDA – 1955

 

 

XXIII CAMPEONATO MUNDIAL TÓQUIO – JAPÃO – 1956

 

 

XXIV CAMPEONATO MUNDIAL ESTOCOLMO – SUÉCIA – 1957

 

 

XXV CAMPEONATO MUNDIAL DORTMUND – ALEMANHA – 1959

 

 

XXVI CAMPEONATO MUNDIAL PEQUIM – CHINA – 1961

 

 

XXVII CAMPEONATO MUNDIAL PRAGA – TCHECOSLOVÁQUIA – 1963

 

 

XXVIII CAMPEONATO MUNDIAL LJUBJANA – ESLOVÊNIA – 1965

 

 

XXIX CAMPEONATO MUNDIAL ESTOCOLMO – SUÉCIA – 1967

 

 

XXX CAMPEONATO MUNDIAL MUNIQUE – ALEMANHA – 1969

 

 

XXXI CAMPEONATO MUNDIAL NAGÓIA – JAPÃO – 1971

 

 

XXXII CAMPEONATO MUNDIAL SARAJEVO – IUGOSLÁVIA – 1973

 

 

XXXIII CAMPEONATO MUNDIAL CALCUTÁ – ÍNDIA – 1975

 

 

XXXIV CAMPEONATO MUNDIAL BIRMINGHAM – INGLATERRA – 1977

 

 

XXXV CAMPEONATO MUNDIAL PYONGYANG – COREIA DO NORTE – 1979

 

 

XXXVI CAMPEONATO MUNDIAL NOVISAD – IUGUSLÁVIA – 1981

 

 

XXXVII CAMPEONATO MUNDIAL TÓQUIO – JAPÃO – 1983

 

 

XXXVIII CAMPEONATO MUNDIAL GOTEMBURGO – SUÉCIA – 1985

 

 

XXXIX CAMPEONATO MUNDIAL NOVA DÉLI – ÍNDIA – 1987

 

 

XL CAMPEONATO MUNDIAL DORTMUND – ALEMANHA – 1989

 

 

XLI CAMPEONATO MUNDIAL CHIBA – JAPÃO – 1991

 

 

XLII CAMPEONATO MUNDIAL GOTEMBURGO – SUÉCIA – 1993

 

 

XLIII CAMPEONATO MUNDIAL TIANJIN – CHINA – 1995

 

 

XLIV CAMPEONATO MUNDIAL MANCHESTER – INGLATERRA – 1997

 

 

XLV CAMPEONATO MUNDIAL EINDHOVEN – HOLANDA – 1999

 

 

XLVI CAMPEONATO MUNDIAL KUALA LUMPUR – MALÁSIA – 2000 (EQUIPES)

OSAKA – JAPÃO – 2001 (INDIVIDUAL)

 

 

XLVII CAMPEONATO MUNDIAL PARIS – FRANÇA – 2003

 

 

XLVIII CAMPEONATO MUNDIAL DOHA – QATAR – 2004 (EQUIPES)

XANGAI – CHINA – 2005 (INDIVIDUAL)

 

 

XLIX CAMPEONATO MUNDIAL BREMEN – ALEMANHA – 2006 (EQUIPES)

ZAGREB – CROÁCIA – 2007 (INDIVIDUAL)

 

 

L CAMPEONATO MUNDIAL GUANGZHOU – CHINA – 2008 (EQUIPES)

YOKOHAMA – JAPÃO – 2009 (INDIVIDUAL)

 

 

LI CAMPEONATO MUNDIAL MOSCOU – RÚSSIA – 2010 (EQUIPES)

ROTERDÃ – HOLANDA – 2011 (INDIVIDUAL)

 

 

LII CAMPEONATO MUNDIAL DORTMUND – ALEMANHA – 2012 (EQUIPES)

PARIS – FRANÇA – 2013 (INDIVIDUAL)

 

 

LIII CAMPEONATO MUNDIAL TÓQUIO – JAPÃO – 2014 (EQUIPES)

SUZHOU – CHINA – 2015 (INDIVIDUAL)

 

 

LIV CAMPEONATO MUNDIAL KUALA LUMPUR – MALÁSIA – 2016

(EQUIPES)

 

 

LV CAMPEONATO MUNDIAL DUSSËLDORF – ALEMANHA – 2017

(INDIVIDUAL E DUPLAS)

 

 

LVI CAMPEONATO MUNDIAL HALMSTAD – SUÉCIA – 2018 (EQUIPES)

 

 

 


Fontes:

Atlas do Esporte (www.atlasesportebrasil.org.br)

Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (www.cbtm.org.br)

www.sports.stackexchange.com

tabletennis11 (www.tabletennis11.com)

Mário Leão (www.marioleao.com)

Portal Brasil 2016 (http://www.brasil2016.gov.br)

Hugo Calderano (www.hugocalderano.com)

Rakete (www.rakete.com.br)

Folha de São Paulo (www1.folha.uol.com.br)

O Globo (oglobo.oglobo.com)

 

 

 

Grrr! Em bando por medalhas

Mário ao centro (“Marinho”), em sua primeira competição nacional pela Federação Mineira. Itabira-MG. 1992

Quando eu era atleta, tinha um sonho constante: ganhar de quem estava acima de mim. Mas claro, eu reconhecia os passos para chegar até ali: primeiro precisava acertar a terceira bola, depois a quinta, recepcionar bem o saque, acertar a mesa deveria ser uma constante, atacar também, pois eu possuía um jogo extremamente ofensivo, independente da velocidade da execução. Via a competição como uma vitória sobre mim mesmo. Se eu vencesse meus desafios, pequenos ou grandes, o restante viria em consequência. Não gostava de comemorações em voz alta após os pontos, pois era uma maneira de me manter concentrado. Para chegar lá, eu também sabia que perder era uma forma de vencer. Minhas derrotas eram rodeadas de aprendizado. Desapontava-me naquele momento, mas não sofria. Sempre há ganhos. O que eu fiz? O que eu não fiz? O que poderia ter feito melhor? Como vou jogar da próxima vez? Entender que a derrota faz parte do crescimento, que ela é importante e que te fortalece para as adversidades o ajudará a chegar lá.

Mas onde nossos alunos querem chegar com o tênis de mesa? Alguns querem ter uma boa técnica, outros se divertir, outros querem trabalhar o corpo e a mente, outros querem ser uma versão melhor de si mesmos, outros querem vencer seus próprios desafios, outros querem ser medalhistas em competições…

E por falar em competição, o que moveu 7 de 10  leões participantes a conquistarem 9 medalhas para o nosso bando no 12º BH OPEN, realizado pela Federação Mineira de Tênis de Mesa, no último fim de semana? Não sabemos. Em seu íntimo, eles sabem. O que temos certeza é que a cada novo torneio atuamos de uma forma melhor. E quanto a isso, não falamos necessariamente de resultados. Falamos de tênis de mesa bem jogado, sendo medalhistas ou não, que é o que buscamos para eles. Parabéns a todos pela garra e por nos darem um presente que como atleta eu não conseguiria me dar: 9 conquistas em uma mesma competição! Que continuem curtindo o tênis de mesa de vocês!

Aproveite e deixe o seu comentário no campo disponível desta publicação. Teremos o prazer em responder!

Abraços,

Mário Leão.


 

Destaques: 

 

Categoria Future (crianças até 13 anos)

1º lugar – Leonardo França – campeão invicto

2º lugar – Felipe França

3º lugar – João Pedro

 

 


Categoria Paralímpico Andante

3º lugar – João Pedro

 

 


Categoria Prata N3

1º Lugar – Guilherme Reis – campeão invicto

 

 


Categoria Prata N2

3º Lugar – Cristiano Lacerda

 

 


Categoria Absoluto Ouro

3º Lugar – Arthur Cabral – Atleta da Associação Varginhense de Esportes – AVE

 

 


Categoria Duplas

3º Lugar – Sérgio Lívio, ao lado de Fábio Nascimento e Arthur Cabral (AVE), ao lado de Márcio Pedrosa