Oi, fera! Eu não sei quanto a você, se já reparou no que vamos lhe dizer: existem basicamente três classes de mesa-tenistas. O que ainda não treina e quer ter resultados melhores jogando mais e recebendo as dicas dos amigos, que chamaríamos de mesa-tenista bronze, o que treina e ainda não sabe lidar com o processo que envolve a melhoria, que seria o mesa-tenista prata e o que treina com um bom profissional e entende o processo de melhoria, o mesa-tenista ouro. E esses três apresentam outras características distintas. Vamos ver quais são elas e chegarmos a uma conclusão de qual classe seria melhor você fazer parte?

 

É importante ressaltar que dentro dessa classificação excluiremos da análise os que jogam sem o objetivo de alcançar resultados práticos. Resultados como crescimento pessoal frente aos desafios, melhoria técnica e tática. Ou seja, vamos excluir as pessoas que buscam somente interagir com outras, fazer amizades, se divertir, se distrair, suar, manter a saúde ou melhorá-la, etc.. Obviamente que é muito benéfico viver o esporte dessa forma, claro! Mas esse seria um grupo diferente de praticantes.

Esclarecido, vamos às classes.

 

1 – O mesa-tenista bronze

1.1 – Ele ainda não treina, mas quer ter resultados melhores jogando mais

Oi? Como? Talvez ele reze bastante, deve ser isso. rss.

Bom, não tem como, não é mesmo?  Mas existe uma frase do Michael Jordan que adoramos que diz o seguinte: “Se você fizer muitas cestas erradas, você vai se tornar muito bom em fazer cestas erradas.”.

Nesse sentido até tem uma “melhoria”. Mas obviamente vem a frustração, porque cestas erradas não nos ajudam a ter resultados significativos. E a pessoa acaba buscando por respostas de melhoria que muitas vezes não farão muito sentido, afinal, sem uma boa orientação ela não tem a clareza do porquê algo não funcionou ou o que poderia ter sido melhorado.

Pode se ver dentro de um labirinto e nem estar chegando perto de encontrar a saída. Ou como se estivesse andando em círculo, voltando sempre para o mesmo lugar. Mesmo assim ainda existe uma vantagem nesse perfil: ele tem fé, é confiante, tem um propósito, busca melhorar jogando mais.

 

Vou contar uma historia rápida para você que aconteceu comigo.

Eu estudava para concursos públicos e sempre era reprovado. A verdade era que eu não sabia estudar. O que eu fazia para tentar reverter minha frustração era estudar mais.

E… bom, você já sabe. Eu não saía de dentro do labirinto. Estava aprimorando o jeito errado de fazer as coisas. Ao invés de andar pelos becos certos do labirinto para encontrar a saída eu estava tentando pular o muro alto, cheio de arames.

Sofrível! Mas tem um final feliz. No mesa-tenista ouro eu lhe conto.

 

 

1.2 Ele ainda não treina e quer melhorar apenas recebendo as dicas dos amigos

Dá para melhorar? Dá! Mas muuuuito pouco!! E aqui há um outro problema: o praticante pode acumular muitos vícios.

 

Então vamos para mais uma historinha.

Certa vez comprei uma câmera fotográfica de recursos avançados na tentativa de fazer melhores fotografias. Eu comecei assim: literalmente apanhando da câmera tentando entendê-la sozinho. Não consegui fazer uma foto sequer.

Só que dessa vez eu não cometi o mesmo erro anterior de fazer mais com o mesmo. Pensei: “não vou ficar fuçando essa coisa, quebrando a cabeça, vou pesquisar no Google”. Eu só fiz uma foto clara quando aprendi na internet sobre a técnica dos três pilares da fotografia.

Bom, fiquei maravilhado e segui em frente buscando mais informações diferentes.

Os bons profissionais divulgadores de conteúdo na internet nos ajudam bastante. São pessoas incríveis. Esses profissionais você deve seguir e se inspirar para o que você estiver desejando melhorar. Mas no meu caso, eu não sabia avaliar o que era um bom divulgador de conteúdo e foi aí que entrei em uma comunidade do Facebook para fotógrafos.

Lá as informações eram aos montes, havia muitos aprendizes e alguns profissionais e eu e os outros fotógrafos postávamos fotos para a comunidade avaliar e nos ajudar a melhorar.

Melhorei alguns outros pontos na fotografia. MAS… aí vem o porém. Percebi que em termos práticos estava me agregando muito pouco, pois o ambiente não era profissional o bastante.

Sem contar que eu estava até recebendo muitas informações erradas, não por maldade, mas porque os próprios amigos da comunidade ou até “profissionais” não sabiam bem sobre fotografia.

Estava eu preso no labirinto novamente.

 

 

2 – O mesa-tenista prata

2.1 – Ele treina e ainda não sabe lidar com o processo de melhoria

  • Treina alguns meses, um ano ou mais e acha que está tudo resolvido, que vai ganhar do Ma Long (campeão olímpico e mundial). Na verdade está tão focado em apenas vencer que simplesmente deixa de aplicar o raciocínio do treino no jogo.
  • Não pensa passo-a-passo cada ponto. Não pensa que a vitória em um set será a consequência de uma longa caminhada de 11 pontos de correções técnicas, táticas, de controle emocional, de concentração. O raciocínio predominante é “eu preciso vencer, eu quero vencer, eu perdi 3 pontos seguidos, eu vou perder, eu preciso ganhar…”.
  • Há uma negligencia quanto ao treino enquanto está jogando, pois ao visar somente ganhar, não pensa claramente em melhorar enquanto joga. Ou seja, baixíssima produtividade, raciocínio ineficiente, gerando ansiedade, insegurança, frustração, raiva. 

E tudo isso é extremamente prejudicial, pois os sentimentos negativos vão se acumulando e, no final, em casos extremos, o praticante abandona o esporte. Sim… pode ser muito sério e triste. Talentos podem ser perdidos por isso. 

Mas não é exclusivamente culpa dele. Quando esses sintomas aparecem, ele precisa de orientação para saber lidar melhor com o esporte, para saber lidar com as adversidades, precisa de ajuda.

Outra consequência é o praticante se tornar desonesto, pois só vencer partidas faz sentido para ele, custe o que custar.

 

 

3 – O mesa-tenista ouro

3.1 – O que treina com um bom profissional e entende o processo de melhoria

Antes de falarmos sobre suas características, vejamos o que é o processo de melhoria.

 

O processo de melhoria é a soma de “pequenas” vitórias que levarão a grandes vitórias.

 

E o que são “pequenas” vitórias?

Um drive (topspin) melhor é uma vitória, um posicionamento melhor é uma vitória, corrigir um saque em um jogo é uma vitória, um controle emocional melhor é uma vitória, superar um momento difícil é uma vitória, a percepção do que faltou corrigir em um jogo perdido é uma vitória, dedicar-se em um treino é uma vitória, treinar mal em um dia, mas treinar bem em outro é uma vitória, ganhar um set de quem nunca ganhou é uma vitória (ficaríamos aqui o dia inteiro citando exemplos).

 

O que são grandes vitórias?

Quando você atinge os objetivos maiores com a aplicação da soma das pequenas vitórias. Poderia ser ganhar um set, ganhar um jogo, ganhar um torneio.

 

E aí está o ponto chave: o mesa-tenista ouro está focado em fazer das “pequenas” vitórias grandes vitórias. Ele reconhece o processo de melhoria e não está focado em vencer uma partida de qualquer forma, custe o que custar.

 

Lembra do mesa-tenista prata que só enxerga a vitória do jogo na sua frente e se frustra por nada dar certo? É o inverso do ouro.

O prata está pulando as etapas que são as “pequenas” vitórias: não está fazendo as devidas correções, técnica e tática, ponto a ponto e com base no que ele treina, ou não está concentrado, motivado, calmo, confiante, não está fazendo o que tem que ser feito, passo a passo, da melhor maneira possível.

E mais, quando corrige algo, não dá o devido valor. Não vê a vitória nas “pequenas” vitórias. Só enxerga os erros.

Já percebeu que nos referimos à palavra “pequenas” sempre entre aspas. É que consideremos toda vitória uma grande vitória. Fizemos um paralelo com o adjetivo grandes por uma questão de didática.

 

Fazendo das pequenas vitórias grandes vitórias

O mesa-tenista ouro:

  • enxerga vitória em tudo o que faz, todos os dias, seja em treino ou em jogos, pois sabe reconhecer os ganhos e sabe fazer das perdas um novo aprendizado;
  • não se abala facilmente, porque entende que o seu crescimento depende da evolução no processo de melhoria;
  • leva o treino para o jogo, tentando aplicar fielmente o que aprendeu;
  • erra, mas erra tomando a atitude certa, aplicando o treino;
  • está sempre no presente, pensando ponto por tonto, independente do placar favorável ou desfavorável;
  • está com a consciência tranquila de que fez o que pode ser feito e, se não fez, procura analisar para fazer melhor da próxima vez;
  • se mantém positivo, motivado;
  • entende que o jogo não é contra alguém, mas sim contra ele mesmo e que para se sair bem, precisa superar os seus próprios desafios;
  • transforma todos os erros ou falhas em correção; transforma um limão em uma limonada.

 

Analisando o mesa-tenista ouro

Viu que em momento algum falamos que o ouro está focado em vencer? Porque vencer é uma consequência da aplicação dessas características, da aplicação das “pequenas” vitórias. Simplesmente uma consequência da evolução no processo.

A atleta olímpica americana Simone Biles, quando questionada em uma de suas entrevistas sobre como conseguiu ter um resultado geral tão impressionante (4 medalhas de ouro e 1 e bronze), respondeu que “havia feito o que estava acostumada a fazer todos os dias nos treinos”.

É claro que você deve pensar e acreditar o tempo todo que vai vencer alguém no tênis de mesa, mas se não reconhecer o processo de melhoria e tentar pular etapas para chegar lá… já sabe… olha novamente o mesa-tenista prata.

 

Sabemos que tudo o que foi dito quanto ao ouro pode parecer óbvio, mas não é tão óbvio assim quando se está procurando evoluir em um esporte.

Na prática, quem vivência tem que se policiar e ter cuidado para não rotular esporte unicamente como vitória em jogos. Mais uma vez, esse tipo de vitória é somente mais uma vitória, consequência da soma de inúmeras outras vitórias.

A importância de um bom profissional

Lembra da história sofrível que eu citei como exemplo na classe de mesa-tenista bronze? Aquela em que eu tentei passar em concursos públicos apenas estudando mais? Procurei um concurseiro-ouro, um ótimo profissional.

Ele escreveu um livro chamado “Como passar em provas e concursos”, de excelente didática. Comprei o livro e aí sim entrei no processo de melhoria com condições de passar em qualquer concurso-público que eu quisesse. Virei um concurseiro-ouro e fui servidor público na Universidade Federal de Minas Gerais por seis anos.

Algo parecido aconteceu na fotografia. Lembra da comunidade de fotógrafos? Dos amigos da comunidade tentando me ajudar? Fiz um curso com um fotógrafo-ouro. Na verdade um casal de empreendedores, donos do negócio “O Casal da Foto” e do curso “Caçadores de Imagens”. Aí sim eu deslanchei e passei a fazer as boas fotografias que eu queria. 

Sou extremamente grato aos profissionais que deram final feliz às duas histórias.

Vantagens de ser ouro

Com todas essas informações, chegamos à conclusão de que fazer parte da classe ouro de mesa-tenistas tem muito mais vantagens pelo aprendizado mais completo, prazeroso, divertido, saudável e duradouro. Aqui está a grande classe de mesa-tenistas e é neles que você deve se inspirar.

Qual é a sua classe?

E você? A qual classe você pertence? Conhece alguém que se encaixa em alguma dessas classes? Quer que mais pessoas sejam ouro, independente do esporte que ela pratica? Então compartilhe com elas essa publicação! Temos certeza que essas informações irão ajudar.

E aproveite para deixar o seu comentário sobre o que achou do assunto no campo de comentário logo abaixo! Teremos o prazer em respondê-lo.

Sabemos o que você está passando

É justamente por conhecermos o que você está passando que escrevemos esse artigo. Podemos ajudá-lo no seu crescimento, a ser grande, como já ajudamos muitas outras pessoas com nossas aulas. Estamos com alguns horários livres para quem deseja se aprimorar através do esporte.

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Mário Leão e Equipe – Belo Horizonte


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