Desde que começamos a trabalhar com tênis de mesa, colocamos três grandes metas:

1 – ensinar objetivamente e de maneira simples, gerando facilidade na absorção de conteúdo

2 – levar aos praticantes um aprendizado concreto e imediato

3 – ensinar o que é realmente relevante

 

É impressionante o que se pode mudar qualitativamente com apenas um comando. Mas com o comando realmente relevante!  E sem querer deixar vocês que ainda não são alunos de fora desse fluxo de ideias que fizeram e estão fazendo diferença para muitos mesa-tenistas em Belo Horizonte, trazemos mais uma Dica do Leão.

Pois bem, muitos são os pontos técnicos que diferenciam a potência de um drive (topspin), dentre eles a posição do corpo em relação à mesa, a direção do braço, a quantidade de spin (efeito ou giro) que se coloca na bola, o tempo em que se golpeia a bola, a altura ideal da bola para se golpear, a posição do corpo em relação à bola, a forma como se segura a raquete, a posição do punho, o trabalho das pernas…

E quando falamos de potência, não estamos falando necessariamente de super-drives-velozes. É aí que muita gente se confunde. Potência é o menor esforço produzido para se obter uma determinada velocidade, para se obter a melhor bola, uma bola de melhor projeção, seja em alta ou baixa velocidade. Ou seja, quando falamos de potência, estamos falando de desempenho.

Imaginemos a seguinte situação: um fusca ao lado de um carro do ano prontos para arrancar e chegar a uma determinada velocidade. Os dois podem chegar a 100 km/hora, ou que seja a 50 km/hora. Mas qual teria o melhor desempenho? Qual chegaria a tal velocidade com menor esforço ou em menor tempo? Qual é mais potente? Qual é mais eficiente? Bom, os detalhes técnicos (ou mecânicos, como queira) pouco importam para nós sabermos, mas temos certeza que a técnica empregada (pode chamar também de tecnologia) no carro do ano é melhor que a do fusca e por isso ele é mais potente.

Pessoal, a ferramenta que vamos apontar hoje é muito simples, mas de ótimos resultados e muito ignorada na prática, como temos visto no nosso dia-a-dia de trabalho. Estamos falando de levar o seu braço o máximo para trás antes de acertar a bola com um drive. Sim, é isso. É somente isso! Tecnicamente chamamos de preparação. Prepare melhor seu golpe de agora em diante. Seu braço pode se estender mais para trás? Então estenda! Quaisquer centímetros melhorará a potência do seu golpe.

Mário Leão tênis de mesa Belo Horizonte
Cristiano bem preparado para executar o drive.

Fazendo um outro comparativo, pensemos no arco-e-flecha. Se o arqueiro pouco esticar a corda, ele terá pouca projeção da flecha, se esticar até a metade, mais projeção e se esticar até o final, melhor ainda. Não entremos na variável velocidade, pensemos apenas na projeção, ou distância percorrida pela flecha. Assim como devemos pensar na projeção da bola no tênis de mesa, e não necessariamente na velocidade. Podemos manter a velocidade do braço constante, mas se prepararmos mais, mais projeção, mais potência na bola.

É importante fazer duas observações: não exagere levando o braço para trás das costas! Continue mantendo-o do seu lado direito (destro) ou esquerdo (canhoto) do corpo. E em algumas situações, talvez não dê tempo de fazer uma preparação bem completa, como no caso de um retorno muito rápido da bola após um ataque. Mesmo assim, procure voltar o braço o máximo que for possível para esse caso específico!

Estamos em um trabalho recente desse tipo com dois alunos feras, trabalho iniciado agora. É uma de suas prioridades nas aulas. Já estamos ansiosos para vê-los colhendo os ótimos resultados.

E você, está esperando o quê? Prolongue esse braço!!

 

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Belo Horizonte – Mário Leão e Equipe

 


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