Existiu em Belo Horizonte, no início da década de 90, um torneio de tênis de mesa que era um sucesso. Os participantes, do iniciante ao avançado, eram divididos em diferentes níveis. Os dois primeiros colocados subiam de nível, os dois últimos desciam.
Felizes em compartilhar com vocês a 14ª edição do Garra.
Um mês atípico, de eleições e feriado e, mesmo assim, será mais um sucesso. Certamente um dos Garras mais competitivos até o momento.
Alguns poderiam ficar receosos por isso, mas, a meu ver, não deveriam. Quanto maior o desafio, maiores serão as chances de melhoria, se estiverem abertos a enfrentar e aprender com as adversidades. Saiam da zona de conforto, continuem. Com garra chegarão lá, mais fortes, mais motivados, mais confiantes.
Estão encerradas as inscrições da 14ª Edição do Garra.
Você jogará dia 09/10 ou 16/10, dependendo do seu nível de jogo e do número de inscritos.
Do iniciante ao avançado, serão 3 divisões e até 10 participantes por divisão.
Sobre a classificação dos participantes em suas respectivas divisões
Passo 1: Distribuição dos participantes da edição anterior em suas atuais divisões
Passo 2: Distribuição dos demais participantes, observando-se o nível técnico
Passo 3: Havendo 4 participantes ou menos em uma divisão, esses participantes ou demais divisões poderão ser realocadas.
Sobre as disputas
Cada divisão será composta por dois grupos, classificando-se para as semifinais os dois primeiros colocados de cada grupo. Havendo menos de 8 participantes, as disputas acontecerão no formato todos contra todos, classificando para as semifinais os 4 primeiros colocados. Nesse caso, o 1º colocado joga contra o 4º e o 2º contra o 3º.
Os dois primeiros colocados do torneio sobem de divisão, os dois últimos descem.
Dia 09/10
Terceira divisão: das 08h às 11:30h
Divisão especial: havendo um número considerável de crianças participantes, criaremos uma divisão especial para elas, com horário de jogos a ser definido.
Dia 16/10
Segunda divisão:das 08h às 11:30h
Primeira divisão: das 13h às 16:30h
Os horários de término são horários aproximados, podendo variar para mais ou para menos.
Sobre acompanhantes
Como nosso espaço para plateia é limitado e com a finalidade de mantermos um local mais confortável e agradável durante as disputas, sigam as orientações abaixo:
1 – Os atletas participantes tem prioridade nas cadeiras;
2 – Adulto participante e adolescente, caso queira ou precise levar algum parente ou pessoa próxima para assistir, limite-se a uma pessoa. Se for necessário mais de uma, entre em contato para verificar a disponibilidade de espaço;
3 – Fica liberado o acompanhamento dos menores da 3ª divisão ou da divisão especial, caso seja criada, a pais, parente próximo e amigo próximo;
4 – Em hipótese alguma atletas participantes ficarão em pé;
5 – A área de jogo não é considerada local para plateia. Portanto pedimos que evitem ficar em pé ou sentados na área de jogo. Local para plateia é onde estiverem as cadeiras.
Em caso de dúvidas, entre em contato com Mário ou Marina pelo WhatsApp: (31) 98278 8066 ou (31) 97115 6077.
Começar agradecendo a cada um de vocês pela última edição. Considero ela mais um marco do nosso Projeto Garra pela adesão consistente daqueles que acreditam num trabalho que contribui para que vocês sejam cada vez melhores.
Aproveitando a oportunidade, gostaria de dar destaque ao tênis de mesa de um dos participantes, o André Araújo, com o intuito de ajudá-los nesse sentido.
André, Patrick e Guilherme
Segundo palavras da Marina, o André teve uma escalada meteórica até a primeira divisão. Alguns fatores contribuíram para isso, como a rotina de treinos focada no constante aprimoramento técnico e tático, mas, principalmente, devido a uma característica de jogo marcante que o André tem: o alto índice de acertos.
Isso quer dizer que, ao invés de priorizar golpes fortes, ele prioriza um bom controle de bola, seja atacando, seja defendendo, ao mesmo tempo em que posiciona bem bola na mesa. Ou seja, ao invés de dificultar o jogo para o adversário usando de muita velocidade nos golpes, ele o dificulta acertando mais a mesa ao moderar na intensidade dos golpes e pensando melhor onde posicionar a bola.
Sem um estilo de jogo agressivo, ele envolve os seus adversários forçando-os a ter que jogar mais, a ter que acertar mais. E é aí que ele se dá bem. Habituado a jogar com volume, o André costuma levar vantagem. Junte-se a isso uma boa técnica e o que temos é um praticante muito mais completo.
Estão abertas as inscrições da 8ª Edição do Garra.
Você jogará dia 03/04 ou 10/04, dependendo do seu nível de jogo e do número de inscritos.
Do iniciante ao avançado, serão 6 divisões e até 8 participantes por divisão.
Como sabem as vagas são limitadas, portanto fiquem atentos ao prazo de inscrição: até dia 27/03, domingo.
Para participar, envie o comprovante de pagamento da inscrição no valor de 90,00 para o WhatsApp (31) 97115 6077.
Forma de pagamento: Pix – (31) 97115 6077 (Marina Rosa Cotta Viana).
Mas atenção, antes de se inscrever, entenda e esteja de acordo com as orientações abaixo.
Sobre a classificação dos participantes em suas respectivas divisões
Passo 1: Distribuição dos participantes da edição anterior em suas atuais divisões
Passo 2: Distribuição dos demais participantes, observando-se o nível técnico
Sobre as disputas
Cada divisão pode ser composta por dois grupos, classificando-se para as semifinais os dois primeiros colocados de cada grupo. Havendo menos de 8 participantes, as disputas acontecerão no formato todos contra todos, classificando para as semifinais os 4 primeiros colocados. Nesse caso, o 1º colocado joga contra o 4º e o 2º contra o 3º.
Os dois primeiros colocados do torneio sobem de divisão, os dois últimos descem.
No caso de haver 4 participantes em uma divisão, o medalhista de bronze não desce.
Dia 03/04
Sexta divisão: das 08h às 11h
Quinta divisão:das 13h às 16h
Quarta divisão:das 17h às 20h
Dia 10/04
Terceira divisão: das 08h às 11h
Segunda divisão: das 13h às 16h
Primeira divisão: das 17h às 20h
Em caso de dúvidas, entre em contato com Mário ou Marina pelo WhatsApp: (31) 98278 8066 ou (31) 97115 6077.
A estrada da confiança se percorre com os resultados alcançados por meio da dedicação. Cada pequena conquista nos conduz àqueles 100 metros a mais. Ela é de mão dupla: mais conquistas, mais confiança. Confiança maior, mais resultados.
Enxergo o tênis de mesa como essa estrada. Qualquer detalhe aprendido te aproxima ainda mais do seu objetivo. Ele também é feito de pontes para outras estradas. Quem se acostuma a realizar no esporte estará muito mais inclinado a realizar em qualquer outra área da vida: um melhor emprego, saúde, bens materiais, o corpo dos sonhos, uma família melhor. Insira o objetivo que quiser.
A Mário Leão o guia por essa estrada e você, mais bem preparado, constrói melhores pontes.
Foi exatamente assim, por esse caminho, que criamos um trabalho diferenciado de aulas personalizadas, de prática e de competições para você. E é por esse exato caminho que seguiremos evoluindo…
Estão abertas as inscrições da 6ª edição do Garra. Você jogará dia 06 ou 13/02, dependendo do seu nível de jogo e do número de inscritos. Do iniciante ao avançado, serão 6 divisões e até 8 participantes por divisão. Como sabem as vagas são limitadíssimas, portanto fiquem atentos ao prazo de inscrição: de hoje, 26/01 (quarta-feira), a 30/01 (domingo).
Para participar, envie o comprovante de pagamento da inscrição no valor de 90,00 para o WhatsApp (31) 97115 6077.
Forma de pagamento: Pix – (31) 97115 6077 (Marina Rosa Cotta Viana).
Mas atenção, antes de se inscrever, entenda e esteja de acordo com as orientações abaixo.
Sobre a classificação dos participantes em suas respectivas divisões
Passo 1: Distribuição dos participantes da edição anterior em suas atuais divisões
Passo 2: Distribuição dos demais participantes, observando-se o nível técnico
Sobre as disputas
Cada divisão pode ser composta por dois grupos, classificando-se para as semifinais os dois primeiros colocados de cada grupo. Havendo menos de 8 participantes, as disputas acontecerão no formato todos contra todos, classificando para as semifinais os 4 primeiros colocados. Nesse caso, o 1º colocado joga contra o 4º e o 2º contra o 3º.
Os dois primeiros colocados do torneio sobem de divisão, os dois últimos descem.
Dia 06/02
Sexta divisão: das 08h às 11h
Quinta divisão:das 13h às 16h
Quarta divisão:das 17h às 20h
Dia 13/02
Terceira divisão: das 08h às 11h
Segunda divisão: das 13h às 16h
Primeira divisão: das 17h às 20h
Em caso de dúvidas, entre em contato com Mário ou Marina pelo WhatsApp: (31) 98278 8066 ou (31) 97115 6077.
2021 é um ano para comemorarmos. Ele estava acabando e ao invés de desacelerarmos, todos nós, vocês, eu e Marina entramos de cabeça no Projeto Garra. Um projeto que foi criado para que todos pudessem jogar motivados, melhorando, aprendendo e crescendo juntos. Ele também foi criado para que, uma vez por mês, pudéssemos ter o prazer de nos divertirmos e renovarmos as energias fora dos compromissos do dia a dia num ambiente agradável, amigável e com boas disputas. Muito obrigado por fazerem parte dessa historia com a gente!
Em 2022 não vamos desacelerar e iremos todos juntos.
Pessoas melhores fazem o mundo melhor e é por isso que, conforme prometido, estaremos de volta em janeiro. Não em fevereiro, não depois do carnaval.
A melhor hora para você evoluir é agora.
Se inscreva conforme orientações abaixo.
Desejamos um 2022 de muita Garra!
Estão abertas as inscrições da 5ª edição do Garra. Você jogará dia 09 ou 16/01, dependendo do seu nível de jogo e do número de inscritos. Do iniciante ao avançado, serão 6 divisões e até 8 participantes por divisão. Como sabem as vagas são limitadíssimas, portanto fiquem atentos ao prazo de inscrição: de hoje, 22 (quarta-feira), a 30/12 (quinta-feira).
Para participar, envie o comprovante de pagamento da inscrição no valor de 90,00 para o WhatsApp (31) 97115 6077.
Forma de pagamento: Pix – (31) 97115 6077 (Marina Rosa Cotta Viana).
Mas atenção, antes de se inscrever, entenda e esteja de acordo com as orientações abaixo.
Sobre a classificação dos participantes em suas respectivas divisões
Passo 1: Distribuição dos participantes da edição anterior em suas atuais divisões
Passo 2: Distribuição dos demais participantes, observando-se o nível técnico
Passo 3: Readequação dos participantes da edição anterior para as divisões superiores a fim de alocar novos participantes de divisões inferiores, respeitando-se a ordem de classificação (nível técnico)
Sobre as disputas
Cada divisão é composta por dois grupos, classificando-se para as semifinais os dois primeiros colocados de cada grupo.
Os dois primeiros colocados do torneio sobem de divisão, os dois últimos descem.
Dia 16/01
Terceira divisão: das 08h às 11h
Segunda divisão:das 13h às 16h
Primeira divisão:das 17h às 20h
Dia 23/01
Sexta divisão: das 08h às 11h
Quinta divisão: das 13h às 16h
Quarta divisão: das 17h às 20h
Em caso de dúvidas, entre em contato com Mário ou Marina pelo WhatsApp: (31) 98278 8066 ou (31) 97115 6077.
Desejamos a todos um ótimo torneio!
Atenção
Sobre o Passo 3: Readequação dos participantes da edição anterior para as divisões superiores a fim de alocar novos participantes de divisões inferiores, respeitando-se a ordem de classificação (nível técnico)
Por recebermos diversas manifestações de insatisfação quanto ao remanejamento dos participantes para divisões superiores, mesmo respeitando-se o critério de classificação da edição anterior, nesta 5ª edição eliminamos o passo 3. Essa é a única forma de se manter fielmente cada um em sua respectiva divisão. Nesse caso, como não faremos a realocação, poderá haver, com uma maior frequência, divisões com menos de 8 participantes.
Para que joguem a mesma quantidade mínima de três partidas quando houver menos de 8 jogadores, o sistema de disputa será todos contra todos, sendo que, nas semifinais, o primeiro colocado joga contra o terceiro e o segundo colocado joga contra o quarto.
Essa mudança na organização das divisões e no sistema de disputas ainda não é definitiva. Porém, há uma boa chance de que as próximas edições aconteçam dessa nova forma devido à manifestação dos próprios participantes. Se vocês tiverem algum comentário a fazer que nos ajude a decidir sobre a modificação, entrem em contato no meu WhatsApp ou no da Marina. E fiquem à vontade para tirarem qualquer dúvida sobre o torneio. Entendam que o Garra é para vocês e que queremos fazê-lo da melhor maneira. Por isso cada feedback é importante.
Agora, confiram a classificação dos participantes em suas respectivas divisões.
Consideramos as duas últimas edições do Garra um marco, pois fidelizamos o nosso modelo de torneio. Criamos um ótimo cenário para que você continue dando o seu melhor, se divertindo, aprendendo e se desenvolvendo com seus erros e acertos. Afinal, como diz Hugo Calderano: “sentir a dor da derrota é muito importante para o desenvolvimento”.
Alguns de vocês já conquistaram as nossas medalhas. Sobre elas, gostaríamos de ressaltar algo muito importante: a medalha é mais um dos medidores da nossa evolução, afinal tudo o que acontece em uma competição é aproveitado. Tanto é verdade que vemos vários atletas disputando uma Olimpíada, mesmo muitos deles tendo pouca chance de medalha. Estão lá não somente por ela, mas por todas as conquistas que envolvem disputar um torneio desse porte.
Para dar um exemplo do benefício de disputar o Garra, vamos àquele mais primário: a experiência de jogar com pessoas que nunca jogou antes. É a oportunidade de passar por um desafio nunca antes experimentado. Saindo da zona de conforto dessa forma, raciocinamos de maneira diferente através de estímulos diferentes. Entendemos melhor, nem que seja de uma forma mais superficial, quais são as nossas dificuldades, facilidades e se estamos usando bem o nosso emocional. Além disso, nos sentimos mais motivados a melhorar.
Estão abertas as inscrições preferenciais da 4ª edição do Garra para os participantes da última edição. Você jogará dia 05 ou 12/12, dependendo do seu nível de jogo e do número de inscritos. Do iniciante ao avançado, serão 6 divisões e até 8 participantes por divisão. Como sabem as vagas são limitadíssimas, portanto fiquem atentos ao prazo de inscrição: de hoje, 22 (segunda-feira), a 24/11 (quarta-feira).
Terminado o prazo preferencial, abriremos as inscrições para o público geral do dia 25 ao dia 28/11.
Para participar, envie o comprovante de pagamento da inscrição no valor de 90,00 para o WhatsApp (31) 97115 6077.
Forma de pagamento: Pix – (31) 97115 6077 (Marina Rosa Cotta Viana).
Mas atenção, antes de se inscrever, entenda e esteja de acordo com as orientações abaixo.
Sobre a classificação dos participantes em suas respectivas divisões
Passo 1: Distribuição dos participantes da edição anterior em suas atuais divisões
Passo 2: Distribuição dos demais participantes, observando-se o nível técnico
Passo 3: Readequação dos participantes da edição anterior para as divisões superiores a fim de alocar novos participantes de divisões inferiores, respeitando-se a ordem de classificação (nível técnico)
Sobre as disputas
Cada divisão é composta por dois grupos, classificando-se para as semifinais os dois primeiros colocados de cada grupo.
Os dois primeiros colocados do torneio sobem de divisão, os dois últimos descem.
Dia 05/12
Sexta divisão: das 08h às 11h
Quinta divisão: das 13h às 16h
Quarta divisão: das 17h às 20h
Dia 12/12
Terceira divisão: das 08h às 11h
Segunda divisão:das 13h às 16h
Primeira divisão:das 17h às 20h
Em caso de dúvidas, entre em contato com Mário ou Marina pelo WhatsApp: (31) 98278 8066 ou (31) 97115 6077.
Existiu em Belo Horizonte, no início da década de 90, um torneio que era um sucesso. Os participantes, do iniciante ao avançado, eram divididos em diferentes níveis. Os dois primeiros colocados subiam de nível, os dois últimos desciam.
Devido a essa dinâmica, os torneios tinham uma energia incomparável. A maioria ficava louco para subir de nível e quando isso não acontecia, em geral havia uma motivação para aprimorar o jogo e conseguir subir.
Mas existia o outro lado da moeda: como lidar com a decepção da derrota ao descer de nível? Aí é que está. Nem tudo eram flores. Havia a decepção também, obviamente, e com ela uma série de aprendizados.
Por isto esse formato de torneio foi tão bom: ele trabalha a dualidade da vitória e da derrota de maneira muito clara e direta.
Existiu em Belo Horizonte, no início da década de 90, um torneio que era um sucesso. Os participantes, do iniciante ao avançado, eram divididos em diferentes níveis. Os dois primeiros colocados subiam de nível, os dois últimos desciam.
Devido a essa dinâmica, os torneios tinham uma energia incomparável. A maioria ficava louco para subir de nível e quando isso não acontecia, em geral havia uma motivação para aprimorar o jogo e conseguir subir.
Mas existia o outro lado da moeda: como lidar com a decepção da derrota ao descer de nível? Aí é que está. Nem tudo eram flores. Havia a decepção também, obviamente, e com ela uma série de aprendizados.
Por isto esse formato de torneio foi tão bom: ele trabalha a dualidade da vitória e da derrota de maneira muito clara e direta.
Se fosse para eu dizer o que é mais importante em competições, diria que TUDO COMEÇA DENTRO DE VOCÊ. Qual é a sua vontade e a sua verdadeira crença em você?
Eu tive o privilégio de ter sido bem orientado. Sempre digo isso. Durante os treinos, eu ouvia frases do Fernando como: “Não é para se preocupar em ganhar agora, vai chegar a hora; Você joga melhor quando está atrás no placar; Você aprende rápido; Você é um dos maiores talentos que eu já pude treinar.” Naturalmente isso fortalecia a minha crença em mim e acreditar era o grande pontapé para os meus melhores resultados.
Já disse também muitas frases verdadeiras para meus alunos e aqui está uma que gostaria de compartilhar: “Vocês tem condições de ganhar dos melhores.” Abrindo um parênteses, quando digo ganhar, entenda como eu penso: O jogo não é contra alguém, e sim contra (à favor de) nós mesmos. Ou seja, se você supera suas limitações, trabalha suas qualidades e dá o melhor de si, o restante é consequência. Então essa ideia de ganhar e perder no esporte com um sentido depreciativo, em que um é superior e o outro é inferior, não faz o menor sentido para mim, nem para os meus alunos. Esporte é o quanto você consegue extrair de si para chegar à sua melhor versão.
Bom, voltando à frase, eu tenho, dentro de mim, crença nos meus alunos. Nada ilusório, confio na minha metodologia, esforço para entregar o que há de melhor para eles e, por isso, vejo onde podem chegar.
Certo dia, um aluno me apresentou uma meta: “Eu quero ao menos ganhar um jogo do Michael (atleta referência em Minas Gerais) até o fim do ano”. Eu disse: “Ok, vamos buscar isso.”. Eu não pensei duas vezes, eu acreditava que ele poderia atingir esse objetivo, tanto pela crença no meu ensino, como nele. Nos esforçamos e ele ganhou.
Essa conversa pode estar parecendo um pouco esnobe, mas não tem nada a ver com isso. É para mostrar o poder que a autoconfiança tem nos resultados.
Tudo bem Mário, mas o que isso tem a ver com o garraMASTER?
O garraMASTER foi um evento inédito. Inédito em Belo Horizonte? Não, inédito no Brasil. Demos, eu e Marina, minha esposa e sócia, uma aula dentro de uma competição interna para nossos alunos e alguns convidados e um dos assuntos abordados foi exatamente a crença. Para fortalecê-la, montamos um clima que ajudasse como o nome do evento, número de participantes, medalhas, material didático, playlist, alimentação, organização, arbitragem. Fizemos com que os participantes pensassem melhor cada jogo e mostramos para eles o quanto são especiais e o quanto podem ser ainda melhores. Temos certeza de que não fomos perfeitos, estamos em constante aprendizado, mas a ideia era dar a chance deles poderem extrair mais de si na mesa. Pela garra que presenciamos nos jogos, deu certo.
Se alguém vai copiar? Não é possível copiar o que está dentro de nós. O que eles experimentaram, as emoções que tiveram, o Leão já viveu isso. As nossas aulas e o nosso evento são a nossa historia, a nossa vivência, o nosso estudo, somos nós.
Estou parecendo até vidente, mas não. Olha a frase que está dentro desse post que acabei de citar: “Agora ele está entrandoem uma fase de um encontro mais sólido consigo e com o seu tênis de mesa.” O Gustavo realmente estava entrando em uma nova fase, pois um mês depois ele conquista a terceira colocação no garraMaster, confirmando o que eu havia dito.
E dessa vez o que impressionou foi que ele apresentou a sua melhor versão disparada de jogo até o momento. Cheguei a brincar com o Sérgio, outro aluno meu, que o Gustavo teria que enfiar o braço no gelo de tanto que ele fez drive. Parece que ligou no modo hard atack e tudo que aparecia no forehand era certeza de muito atrito na bola. Foi um show à parte, se destacando em situações delicadas por duas vezes. (Acredito que meus alunos acham que eu exagero, mas é tudo verdade. rs.)
Parabéns, Gustavo! Valeu toda a vontade por essa medalha.
O bronze foi decidido contra o Ronan Guimarães, que fez uma disputa de encher os olhos. Muita dedicação, muito suor, buscou o placar quando estava 2 sets a 0 para o Gustavo e só foi superado no vai a dois do último e decisivo set. Um pequeno detalhe fez a diferença.
Parabéns, Ronan, por abrilhantar grandemente o evento!
Gustavo França, bronze no garraMASTER
Medalhista – Guilherme Reis
Só posso dizer que não sei o que deu no Guilherme. Inspirado até o pescoço! Tudo bem que ele disse que o nosso material fez muita diferença, mas realmente foi impressionante! Sobrando na mesa ao conseguir jogar com muito volume. Só encontrou maiores dificuldades na grande final mesmo, que também foi decidida nos detalhes até o 11×08 no 5º set. Estava movimentando mais, bastante focado e solto nos jogos. Sei o quanto ele é dedicado e como é focado em melhorar, aproveitando toda boa oportunidade de aprendizado nova. Não deu outra, colhendo o que vem plantando ao ficar com a prata. Tenho certeza que esse leão no peito teve um grande significado. Desejo cada vez mais conquistas a você!
Parabéns, Guilherme! Todos os presentes se impressionaram com o seu desempenho
Guilherme lendo as anotações no nosso material didáticoFera recebendo a prataDispensa legenda, apesar que escrevi “Dispensa legenda” no campo de legenda. Bom, você entendeu.
Medalhista – Fábio Nascimento
Agora a coisa ficou ouro (Já ouviu a frase “Agora a coisa ficou preta”, claro!).
Eu nunca tinha parado para ver o Fábio jogando em detalhes ou com uma visão mais crítica. A forma como ele olha para frente para receber o saque parece dizer “Não importa o que você faça, hoje não tem pra você”. Ele tem um olhar sereno, mas atento, confiante, sem abalo, certeiro, de quem sabe aonde vai chegar.
Falei de crença ou autoconfiança. O Fábio foi o maior exemplo disso que vi no torneio. Olha como é importante, afinal ele ficou com o ouro! Vou trazer o início desse artigo aqui de volta: “Se fosse para eu dizer o que é mais importante em competições, diria que TUDO COMEÇA DENTRO DE VOCÊ. Qual é a sua vontade e a sua verdadeira crença em você?” O Fábio não tem dúvidas, dá para perceber na sua forma de jogar, na sua postura, no seu olhar. Ele tem certeza do que vai acontecer.
Aí vem um ponto interessante: “Mário, como alguém pode ter certeza sendo que nada é certo nessa vida?” Sim, concordo que nada é certo nessa vida. Mas vou dizer um troço meio doido aqui: Certeza é certeza e dúvida é dúvida. Na hierarquia a certeza está um patamar acima da dúvida. Se você tiver dúvida, a chance da dúvida imperar é muito grande, porque você visualizou (“objetivou”) a dúvida. O seu cérebro vai atrás da dúvida. E aí a chance de prevalecer oscilações, altos e baixos, é muito maior.
Na dúvida você não está certo do que quer alcançar. Será que vai ser prata ou vai ser ouro? Isso não dá para ficar ao acaso e o Fábio não deixa. É claro que ele poderia ter tido um resultado diferente, mas ele minimizou as chances disso acontecer ao “acreditar cegamente”.
Deixa eu te contar uma pequena história. Eu e Marina passamos por momentos muito conturbados na nossa fase de namoro. Brigávamos bastante. Terminamos muitas vezes. Em um dos términos eu estava na casa dela e já estava de saída após uma discussão. Ela olhou pra mim com firmeza e disse sem nenhuma dúvida: “Você ainda vai se casar comigo”. Eu achei a frase absurda, tanto que ri na hora. Mas a Marina tinha convicto que íamos nos casar, mesmo com quase tudo dizendo o contrário.
O desfecho foi imensamente feliz, sensacional para os dois, e sou muito grato a ela por acreditar na gente, pois fez eu enxergar que sempre a amava, mas foi preciso eu entender melhor, através dela, o que isso significava.
Putz, não estava prevista declaração de amor aqui não. Desculpe, rs. O conteúdo desse artigo está surgindo naturalmente.
Fábio, foi enriquecedor ver você jogar. Sua postura de campeão é constante e foi inabalável durante todo o nosso evento. Desejo o mesmo a todos os outros competidores. Parabéns, campeão!
Fábio recebendo o primeiro ouro do garraMASTERQuem duvida que ele já sabia?Fábio Nascimento, campeão do garraMASTER 1ª edição. Guardamos o nome!
Análise de Sérgio Lívio sobre o evento e o desempenho dos medalhistas
Como já disse, Sérgio é outro aluno meu. Fez um jogo na fase de grupos contra o Gustavo digno de uma final, jogo que definiu quem iria para as semifinais. Vencia por 10×07 no tie break, mas Gustavo reagiu. Parabéns, Sérgio, pela grande partida! Sempre bom ver esse jogo entre vocês dois que já se tornou um clássico do bando.
Sérgio é fã do esporte e sempre está em busca de aprimoramento. Um habilidoso analista do seu próprio jogo, do jogo de outros mesatenistas e de diferentes questões envolvendo a modalidade, além de um artista com as palavras. Por essas qualidades, convidei ele a descrever qual foi a sua percepção a respeito do evento e do desempenho dos medalhistas. Para a minha alegria, ele aceitou.
Curti muito, Sérgio, e estou imensamente agradecido! Seguem os textos:
GARRA DO BOM LEÃO
(por Sérgio Lívio)
Imagine uma trilha sonora animada, intensa e vibrante. Alguns canapés. Isotônicos. Um espaço absolutamente adequado e em nível profissional. Também umas insígnias belas e desejáveis. Anfitriões pra lá de cordiais. Agora ponha um manual de técnicas com exercícios e treinamentos. Alguns atletas. O que temos? O evento Garra. Um torneio de Tênis de Mesa com a griffe Mário Leão.
Nunca se espera menos do ginásio, especialmente para quem conhece o treinador Mário Leão. Seu estilo prima pelo requinte técnico, pela cordialidade e gentileza – cruciais neste esporte – e pela organização. Mas, ainda assim, os atletas e a comunidade mesatenista de Minas Gerais demonstraram agradável surpresa e satisfação com esse novo evento do calendário.
Mário inovou com um manual de instruções aplicável como apoio e direcionamento em competições. Sua vasta vivência com instrução esportiva e a paixão pela profissão foram transformados em um inusitado e interessante material didático prontamente assimilado e empregado pelos participantes.
As medalhas com um design inspirado na logomarca da academia encantaram a todos. Tornaram-se objeto de cobiça, tanto pela beleza como, obviamente, pela importância de um título com essa assinatura.
A equipe da Mário, conduzida por Marina Leão, primou nos detalhes sempre valorizando as regras e a boa convivência esportiva. Nos intervalos de cada set músicas cuidadosamente selecionadas preenchiam o espaço auxiliando no distensionamento dos atletas. A arbitragem era criteriosa com os intervalos entre sets e partidas permitido aos jogadores o devido tempo para recuperação e principalmente para a boa avaliação da partida e das eventuais necessidades de ajustes táticos.
O torneio teve como medalhistas Gustavo França no Bronze, Guilherme com Prata e Fábio Nascimento no Ouro. Participaram ainda Gabriel, Roberto, Ronan, Sérgio Lívio e Sidney. Já há previsão para o evento Garra Júnior, este para atletas até 16 anos. Será seguramente uma nova curtição. Claro, com muita organização e qualidade. Afinal, Garra é Mário Leão. Grrrrrrrrrr
Da esquerda para a direita: Gustavo França, Fábio Nascimento, Roberto, Guilherme Reis (abaixo), Gabriel, Ronan Guimarães, Sérgio Lívio e Sidney
ANÁLISE
Sérgio analisa Gustavo França
Jogo 1 x Sérgio
Concentração e resiliência. Não foi o melhor jogo em termos técnicos, mas sobrou no psicológico.
Jogo 2 x Gabriel Jogou solto. Fez valer sua maior experiência. Impôs seu jogo neutralizando as tentativas do adversário. O maior mérito foi o respeito ao oponente fazendo o seu melhor mesmo estando em visível superioridade.
Jogo 3 x Ronan
Perdeu -se no meio das dificuldades técnicas impostas pelo adversário. O psicológico que era uma força até então virou -se contra. Não conseguiu propor soluções ou ‘pensar’ o jogo.
Jogo 4 x Fábio
No primeiro set parecia ter esquecido que era a semifinal de um torneio. Entrou derrotado na mesa.
Voltou outro jogador no segundo set. Fez um digno ‘vai a dois’. Drives e vontade sustentaram a mudança de atitude. Jogou para si e não para o adversário.
Isso, porém, não se manteve no terceiro set. A queda foi emocional, possivelmente devido ao bom desempenho do set anterior, pois o inconsciente faz prevalecer sempre: falta de confiança e excesso de confiança se encontram no mesmo desfecho.
Jogo 5 x Ronan
Um jogo de muita vontade. Muita fibra. Aproveitou-se da instabilidade do oponente nos dois primeiros sets. No último set, não deixou que o empate sofrido mitigasse a vontade de ganhar. A Vitória escolheu, aparentemente, quem fez o exercício do livreto “Garra” e preparou-se para a disputa.
Sérgio analisa Guilherme Reis
Jogo 1 x Fábio (1 x 3)
Muito volume e cautela com jogo forçado no back do adversário foram determinantes para a vitória no primeiro set. A mesma tática não foi suficiente no restante do jogo quando oponente imprimiu um jogo mais agressivo ocasionando muitos erros forçados. Não faltou desejo e voluntarismo ao atleta. A proposta mais combativa venceu. Mas, o desempenho na partida deixou claro o propósito do jogador em projetar-se alto na competição.
Jogo 2 x Roberto (3 x 1)
Um jogo mais contido sem maiores exigências. Placares elásticos nos sets aproveitando de momentos de baixa concentração do oponente. O caminho da vitória era tão cristalino que gerou um inconveniente relaxamento no terceiro set. Perdeu por placar também elástico. Mas, um vencedor se faz com o aprendizado que as derrotas deixam. No quarto set voltou fulminante e consolidou a vitória.
Jogo 3 x Sidney (3 x 0)
Mantendo a linha de fidelidade a seu estilo – ou seja, um jogo com volume e muito controle – o resultado foi construído com segurança e relativa facilidade. Mesmo nos momentos em que o adversário tentava mudanças táticas, como a de reduzir a distância da mesa, a proposta se manteve dominante. Para gerar desconforto ao oponente meios drives despachados em diagonal com eficiência e equilíbrio eram armas letais. Manteve-se assim o placar sempre favorável. Uma vitória incontestável.
Jogo 4 x Ronan (3 x 0) Semifinal
Uma vitória suada. Um início com alguma dificuldade de recepção dos saques que foi prontamente corrigida nos sets seguintes. A qualidade dos drives do adversário poderia ser um problema, pois, eram carregados de efeito e potência. Para evitá-los o jogo era alternado constantemente de maneira a exigir muita movimentação e gerar desconforto. Muito combate no terceiro set, com placar igualado até o seu fim. Houve inclusive nesse set alguma polêmica – desnecessária – entre o atleta e torcedores presentes. Pela força mental que apresentou seguramente o jogador poderá transformar tal comportamento em energia canalizada para o próprio êxito esportivo em confrontos futuros.
Jogo 5 x Fábio (2 x 3) Final
Jogo digno da importância da academia Mário Leão. Uma derrota parcial de 0 x 2 transformada num tie breack de 9 x 11. O ‘quase’ não tirou o mérito e nem a alegria do atleta. Foi um vencedor independente do resultado. Um jogo marcado pela cautela. A conduta era de evitar riscos com um jogo conservador mas, com dedicação extrema em termos físicos e mentais. Na terceira etapa, o 0 x 2 em sets, e 8 a 10 em pontos não foram suficientes para desencorajá-lo. Transformaram-se em motivação para que o jogo não terminasse. Nos sets seguintes a atmosfera do ginásio ficou densa. Havia uma tensão ante a acirrada disputa. Não foi uma derrota. Uma conquista. Daquelas que ficam guardadas no coração do competidor. Daquelas que fazem da prata ouro.
Sérgio analisa Fábio Nascimento
Jogo 1 x Guilherme ( 3 x 1)
Mesmo atletas experientes sentem jogos de estreia. Não foi diferente pelo menos no primeiro set. O adversário forçava o back e o atleta Fábio acabou ficando acuado. Passado esse momento inicial de nervosismo conseguiu impor seu jogo. Num ritmo abaixo do que costuma apresentar mas com efetividade de sempre. Foi o suficiente para fechar a partida.
Jogo 2 x Sidney (3 x 1)
Um jogo com muita contundência e técnica. Drives eram disparados de lado a lado. Havia a certeza do atleta de que impor seu ritmo e não dar espaços era imperativo para conquistar a vitória e principalmente para ganhar a confiança para os próximos desafios.
Um jogo que acendeu o ginásio tal a agitação em que se deu. Ao fim, o êxito veio e coroou a agressividade e o vigor colocado na disputa.
Jogo 3 x Roberto (3 x 0)
Um jogo menos intenso. Bem mais tranquilo que o anterior. Como sempre, com muito respeito ao adversário mas sem a imposição de ritmo, sua característica. Ainda assim foi suficiente para de forma rápida fechar a partida. Invicto, o atleta se credenciava para as semifinais com o favoritismo já esperado.
Jogo 4 x Gustavo (3 x 0)
Um jogo mais cadenciado. Um primeiro set com dominação total. Golpes simples e uma terceira bola veloz foram técnicas empregadas. O segundo set trouxe nova postura do adversário que ameaçava naquele momento uma surpreendente vitória. Por pouco não ocorreu. Com 2 sets a frente o ultimo round se deu de novo em ritmo mais moderado. De maneira geral administrou a partida com experiência e pouco risco.
Jogo 5 x Guilherme (3 x 2)
O primeiro jogo entre esses atletas já havia exigido bastante. Um set fora perdido. Aparentemente esse aspecto gerou certa inibição do jogador. Foi um jogo com muitas adversidades. Não parecia que seria assim. Vitória nos dois primeiros sets e tudo indicando um desfecho razoável, com 10 a 8 no terceiro. Mas, talvez a ansiedade, talvez o cansaço a prejudicar a concentração, ou ambos, prejudicaram o desempenho neste momento crucial. O adversário cresceu. Virou o set. Ganhou também o quarto. Um tie break, inesperado no início, se apresentou com o peso que trás o sentimento frustrante de quem tem a vitoria nas mão e a deixa escapar.
O jogo estava tenso, menos técnico e mais na vitalidade. Trocação de bola era intensa, drives escassos e a bola cozinhada diminuía os riscos, mas aumentava a exigência de concentração e vigor, tendo em vista que alongava a partida.
Foi terminar, como merecem as grandes disputas, com ambos em condições de vencer. Fábio exausto, a medalha no peito e a simplicidade na alma. Simplicidade que o torna um adversário, mesmo temido pela bravura, admirado pela conduta. Parabéns, Fábio. O evento Garra merecia um campeão com essa ‘garra’ que você demonstra em seus jogos!
Marina Leão
O mundo precisa de mais ‘Marinas’. Tenho a sorte grande de ter a minha.
No dia anterior ao evento, eu e ela fomos dormir às 4:00, pois estávamos finalizando alguns preparativos. A Marina abraça o tênis de mesa e posso dizer com tranquilidade que não existiria a Mário Leão se não fosse ela. É praticamente impossível dar prosseguimento a um projeto sem o apoio das pessoas que são importantes na vida da gente. É criar um combate dentro de casa.
Foi ela quem passou quase um ano comigo construindo a nossa metodologia de que tanto orgulhamos. Tudo que eu penso a respeito desse trabalho ela multiplica. Surgem oportunidades de investimentos por vezes altos e ela mais que depressa apoia.
Ela viaja comigo para melhorarmos nosso conhecimento através de cursos e palestras como se estivesse indo tirar férias.
Tem ótimas ideias e é muito criativa.
Todos os dias que eu chego em casa ela pergunta como foram os treinos. Pergunta como vocês estão indo e se interessa como eu pela melhoria de vocês.
Comenta, fala sobre tênis de mesa, enche a boca para falar do nosso trabalho pra todo mundo, basta ter uma pequena oportunidade.
Pode ter certeza que você, aluno, já teve o seu tênis de mesa elogiado por ela. E ela conhece, ela sabe o que é jogar bem ou não. Sabe o que é uma técnica boa, do jeito dela.
Certo dia eu estava vendo um vídeo na internet. Era bem cedo em uma praia, um número considerável de pessoas presentes e pescadores estavam puxando a rede de pesca anteriormente laçada ao mar.
A questão é que não se podia ver nada, não dava para ver a rede, somente a corda nas mãos dos pescadores. Naquele momento, somente umas duas pessoas além deles ajudavam. Mas quando a rede e alguns peixes começaram a apontar na beira da praia, muitas outras começaram a ajudar.
A Marina sempre puxou a corda comigo, mesmo sem saber se naquela rede já haveria algum peixe, seja no tênis de mesa ou em qualquer outro projeto.
Belíssima ela!
E em sua homenagem, vou revelar aqui a mais inspiradora e eficiente dica dela sobre como vencer qualquer adversário.
Em suas palavras: “Atenção que eu vou explicar só uma vez e é muito simples. Raquete na bolinha, bolinha na mesa. É só fazer isso! Não tem como dar errado. Não sei o que vocês veem de complicado nisso!”
Aí a pessoa normalmente pergunta: “Mas e se o adversário devolver?”
“É só continuar fazendo a mesma coisa. Não muda! Continua sempre assim!”
Genial!!
Obrigado, sempre! Te amo!
Playlist garraMASTER
Os participantes curtiram a nossa playlist no Spotify. Olha o comentário de um deles aqui embaixo. Quer acessá-la? Tudo bem! Então aqui está o link: Playlist garraMASTER
Medalhas
Felizmente as medalhas foram a grande sensação. Impactantes, imponentes, surpreendentes! Disponíveis somente para quem tem muita garra.
Vários comentários pessoalmente e na web. Agradecemos muito a todos por isso! Veja alguns:
Somente para quem tem muita garra!
Filmagem da disputa de terceiro lugar e final
Incluirei aqui, neste espaço, os dois grandes jogos. Assim que estiverem disponíveis, aviso pelo Instagram @mario_leao.
Mensagem aos participantes
A melhor competição é aquela consigo mesmo. Se você saiu do Garra melhor do que entrou, sinta-se vitorioso, pois as grandes vitórias nada mais são do que a soma de todas as “pequenas” vitórias que um tênis de mesa bem praticado pode proporcionar.
Parabéns a todos e obrigado por fazerem valer o nome do evento! O show foi de vocês.
Quando eu vejo essa medalha, o que me vem à cabeça é um passado, um presente e uma nova fase para Gustavo França no tênis de mesa. E ainda trago a seguinte reflexão: o que é vencer?
O passado
Comecei com o Gustavo do zero em março de 2017. Ele jogava tênis, mas pouca coisa foi aproveitada. Para se ter uma ideia, a sua maior dificuldade era movimentar para a sua esquerda antes de golpear uma bola básica. Para a direita tudo bem. Muitos treinos foram feitos somente para ele melhorar essa habilidade específica. Sua evolução técnica foi uma construção passo a passo, sem atropelos. Ele tinha tanta dificuldade na movimentação para a esquerda que eu poderia ter ensinado o básico e pulado, passado para frente para ele “não se frustrar tanto com essa dificuldade”. Mas a gente sabia da importância que isso teria lá na frente e continuamos.
Duas características fundamentais que eu percebia no Gustavo, desde o início dos treinos: resiliência e paciência. Ele não se deixava levar pelo que não dava certo e evitava se abater, se entregar. Quando se abatia, o que é normal, procurava se reerguer. Entendia que ainda não estava jogando como gostaria, percebia as dificuldades e limitações, mas mantinha o foco em como melhorar determinada situação, mantinha a crença e a persistência de que conseguiria adquirir um jogo melhor.
Em setembro de 2017 ele resolveu disputar o seu primeiro torneio. Obviamente que em uma competição todos almejamos ganhar ao menos algum jogo. Sua primeira experiência foram duas “derrotas” e nada mais. O tempo foi passando, continuou competindo e nada de muito significante acontecia. O Gustavo era um novato no esporte e estava lidando com as dificuldades naturais de um novato: dispersão, nervosismo e ainda não tinha uma identidade técnica e tática mais sólida.
Por volta do segundo semestre de 2018, algo diferente começou a acontecer. Ele jogava bem contra alguns veteranos em jogos não oficiais, mas quando ia para os torneios oficiais o jogo não acontecia tão bem como gostaria. Estava melhor, tinha placares à frente, mas não se mantinha rendendo bem.
O presente e o início de uma nova fase
Devido a isso, em janeiro de 2019 introduzi uma abordagem complementar para ele, a mentalidade. Como criar um comportamento e uma mente mais vencedores? Decidi que precisávamos entregar de forma mais clara o sentido do esporte, criar desafios pessoais maiores, romper com crenças limitantes (por exemplo a de quem joga a mais tempo é melhor), precisávamos que ele usasse melhor da motivação e que criasse uma linha de raciocínio que o ajudasse a manter o controle da situação em cada fase do jogo.
Booom… Seu jogo apareceu muito mais e também foi premiado com essa primeira medalha em um torneio individual que você vê na foto. Era o 15º DECATHLON BH OPEN, realizado pela Federação Mineira no dia 25/01/2019.
Primeira medalha individual do Gustavo em um torneio da Federação Mineira
Por eu estar trazendo a minha abordagem de como as coisas foram, você deve estar pensando que estou dizendo que o mérito é meu. Não. O mérito é do Gustavo, da sua resiliência e da sua forma de ver e entender o aprendizado.
Agora ele está entrandoem uma fase de um encontro mais sólido consigo e com o seu tênis de mesa.
É claro que tem muito para melhorar, mas para mim é importante reconhecer essa fase pela qual ele está passando.
Um ponto a considerar: se quisesse que ele apenas vencesse rápido em jogos, teríamos feito um monte de adaptações no seu jogo só para ele ter esse tipo de resultado e evitaria que ficasse exposto aos seus maiores desafios. Com isso ele poderia até vencer jogos mais rápido, mas acredito que se transformaria em um jogador mais fraco frente às adversidades e limitado tecnicamente.
Gustavo em competições anteriores
O caminho de melhoria do Gustavo hoje está bem aberto. Sua base técnica bem construída com o seu esforço somada à sua atual forma de pensar lhe dão muito mais espaço para o crescimento.
Sobre o quanto melhor ele está sendo
Por falar em crescimento, eu falei muito de tênis de mesa até aqui. Mas o que de tudo isso é mais importante? O que entregamos a todo momento, “por linhas tortas”, ao Gustavo e aos outros alunos com nossas aulas personalizadas? Um engrandecimento pessoal refletido no tênis de mesa.
O jogo bonito que o Gustavo fez no BH Open é reflexo de como ele está no momento. Eu tenho absoluta certeza que ele deu esse passo importante devido a uma evolução pessoal. Esporte e crescimento pessoal tem que caminhar juntos.
Ninguém fica em um esporte sem estar se sentindo bem, sem se desenvolver pessoalmente. Ou você já viu alguém jogar bem sem autoconfiança, sem motivação, paciência, sem calma, sem perseverança, sem crença, sem uma boa administração das expectativas, sem força de vontade, sem coragem, etc.?
O esporte bem praticado e bem conduzido é uma metáfora da vida. Ele entrega autoconhecimento, desenvolve suas qualidades potenciais e faz surgir novas. São transformações pessoais que refletirão no Gustavo, em qualquer área.
O que é vencer?
Vencer é conseguir se movimentar para a esquerda quando tudo só funciona bem para a direita.
Parabéns, Gustavo França! Parabéns pelo que você precisou construir para “ter essa medalha”, símbolo das etapas vencidas, da sua melhoria técnica e pessoal e símbolo do que ainda está por vir.
Palavras do Gustavo sobre a conquista
“Faz quase dois anos que comecei a aprender tênis de mesa com o Mário Leão, treinando uma vez por semana. Comecei do zero, nem ping pong eu jogava. No começo tive muita dificuldade, mas com esforço e paciência, minha e dele, fui melhorando aos poucos, dentro da minha medida/idade. O tênis de mesa se tornou para mim um momento desestressante, de diversão e de atividade física. Fiz novos amigos e tenho conseguido alcançar meus objetivos pessoais com o esporte. A medalha de terceiro lugar no último BH Open representou para mim a culminação de vários meses de esforço e paciência para aprender a jogar razoavelmente o tênis de mesa. Contei com a ajuda inestimável do Mário Leão nessa caminhada, tanto na parte técnica, quanto com relação à parte motivacional. Espero que esse percurso continue e que seja longo! Valeu, Marinho!”